| 01/06/2011 17h26min
Vamos imaginar que algo não está muito bem em você. Uma dor de cabeça ou mesmo uma indisposição podem ser algo muito mais grave, ou não, apenas um exame pode detectar.
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Portanto, quando o seu médico pedir um hemograma completo ou um exame citomegalovírus, não se assuste – o hagah conversou com o Dr. Emílio Salvador Granato, responsável técnico do Frischmann Aisengart, acadêmico honorário da Academia Paranaense de Medicina e professor aposentado da UFPR (Citologia Clínica) e ele explicou o que cada um dos principais exames faz.
*Hemograma Completo (ou somente hemograma).
“É o exame mais solicitado na prática médica porque fornece dados sobre valores absolutos quantitativos dos glóbulos vermelhos (eritrócitos), leucócitos e plaquetas, e eventuais alterações qualitativas das três séries acima referidas. Com estes dados se obtêm informações sobre o estado funcional da medula óssea, órgão produtor dos elementos figurados acima referidos. O uso deste exame: diagnosticar anemias, processos inflamatórios e infecciosos, doenças da hemostasia (sangramento).”
*Fator Rh
“É um sistema de antígenos eritrocitários descrito em 1939 por Levine e Stetson e denominado Rh por Landsteiner e Wiener, em 1940. É um sistema complexo, constituído por cerca de 45 diferentes antígenos. Na rotina só é determinado o Rh0 ou D (nomenclatura de Landsteiner/Wiener e Fischer/Race) respectivamente. Sua importância maior está relacionada às transfusões de sangue e, portanto, os bancos de sangue devem determiná-la com toda a precisão.”
*Fezes
“O exame parasitológico de fezes tem o objetivo de pesquisar a presença de parasitos que vivem no aparelho digestivo (endoparasitos), sob a forma de ovos, cistos ou do próprio parasito. “
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*Urina
“É o mais antigo dos exames de laboratório clínico, praticado há séculos e que, quando cuidadosamente praticamente, é um dos mais valiosos exames da prática laboratorial. Na sua análise constam os aspectos físicos, químicos e análise do sedimento que fornecem inúmeras informações do funcionamento do rim e também de outros órgãos internos. “
*Hepatite B
“Doença aguda, provocada por um vírus DNA hepatotrópico, altamente infectante, em que o homem é o reservatório. O diagnóstico é clínico-laboratorial, pois não é possível identificar o agente etiológico sem os agentes sorológicos e de biologia molecular específicos. Não existe tratamento específico para a forma aguda, apenas sintomático, quando necessário. Estima-se que o vírus da hepatite B seja o responsável pela morte de cerca de 1 milhão de pessoas anualmente no mundo inteiro. Em cerca de 1 a 2% de adultos imunocompetentes a infecção persiste e provoca hepatite crônica, com evolução para cirrose e carcinoma hepatocelular.”
*HIV
“Human Immunodeficiency Virus, tipo 1, retrovírus da família Lentiviridae, dependente de uma única enzima – a transcriptase reversa – para se replicar nas células hospedeiras o linfócito TCD4+, importante componente do sistema imunológico humano. Causador de uma complexa doença chamada de Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – SIDA -, representa um dos maiores problemas de saúde em função da gravidade e pelo caráter pandêmico. As pessoas infectadas pelo vírus apresentam, entre 5 e 30 dias, sinais e sintomas da fase aguda que, em geral, passam desapercebidos. Segue-se um período de lactência até o aparecimento da imunodeficiência, que varia de 5 a 10 anos – em média, 6 anos -, porém o indivíduo infectado pode transmitir o vírus em todas as fases, com risco maior ou menor, dependendo da viremia (quantidade de vírus no sangue).”
*Toxoplasmose
Também conhecida como a doença do gato, é causada pelo Toxoplasma gondii, um protozoário de vida intracelular obrigatória de distribuição mundial e que tem como hospedeiros intermediários muitas espécies de animais e aves – zoonose -, cujo hospedeiro definitivo é o gato e alguns outros felídios. A contaminação se dá pela ingestão de cistos em alimentos crus ou mal cozidos, em água contaminada com fezes de gatos, por via transplacentárias dos trofozoitos, transfusões de sangue e transplante de órgãos. A prevalência da doença varia de país para país, mas estima-se que 70 a 95% da população mundial já foram infectados. Não se transmite diretamente de pessoa para pessoa, exceto nas infecções de mãe para filho durante a gestação.
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Clinicamente pode se apresentar de várias maneiras. A toxoplasmose febril aguda, embora na maioria das vezes a infecção inicial seja assintomática, pode acometer pulmão, coração, fígado e cérebro com evolução benigna. Linfadenite, adenopatia localizada em nódulos cervicais posteriores, especialmente em mulheres, semelhante à mononucleose infecciosa, com linfócitos atípicos no sangue periférico (hemograma). Toxoplasmose ocular retinite aguda, com intensa inflamação e retinite crônica, com perda progressiva da visão. Toxoplasmose neonatal - resultado da infecção intraulterina, varia de assintomática a letal, dependendo do período de gestação em que o feto é infectado.
Os cistos do toxoplasma permanecem em nosso organismo por tempo indefinido, e nos casos de imunossupressão importante pode haver recrudescimento da toxoplasmose como nascida, na doença de Hodgkin e uso de imunossupressores. O diagnóstico da toxoplasmose se baseia nos sinais e sintomas clínicos e exames sorológicos, com a pesquisa doa anticorpos dos tipos IgG e IgM, rotineiramente ou eventualmente com testes biomoleculares. Nos pacientes imunocompetentes o tratamento nem sempre é indicado. O Ministério da Saúde recomenda tratamento apenas em: gestantes, recém-nascidos e pacientes imunodeprimidos. Nos casos de SIDA, após o tratamento inicial, os pacientes devem continuá-lo profilaticamente pelo resto de suas vidas.
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*Sífilis
Doença infectocontagiosa complexa causada pelo Treponema pallidum, um espiroqueta, sistêmica, capaz de infectar praticamente todos os órgãos e tecidos, provocando as mais variadas manifestações clínicas. A transmissão ocorre durante todas as formas de contato sexual, através de pequenas lesões da pele e mucosas, genitais ou extragenitais. Raramente é transmitida por transfusão sanguínea ou por via transplacentária. Clinicamente se apresenta como infecção recente (sífilis primária), com uma lesão inicial que é o cancro duro com linfadenopatia regional auto-limitada, que aparece 2 a 6 semanas após a contaminação e que desaparece em cerca de 4 semanas, sem deixar cicatrizes, mesmo sem tratamento, e como sífilis tardia, separadas estas fases por um período latente e sem sintomas - que pode ser altamente destrutiva, e levar à morte.
Na sífilis secundária há disseminação dos treponemas pelo organismo. Suas manifestações acontecem de 4 a 8 semanas após o cancro e a mais precoce é a roséola exantema não pruriginoso, seguida de lesões palmo-plantares, placas mucosas, adenopatia generalisada, alopecia em clareira, e condilomas planos. A sorologia é sempre positiva.
A sífilis tardia – surge após o primeiro ano de evolução e ocorre em indivíduos não tratados ou inadequadamente tratados. Nesta fase as manifestações podem ser cutâneas, ósseas, cardiovasculares, neurossífilis e outras. O diagnóstico é sempre clínico-laboratorial, quando os testes sorológicos, quando os testes devem ser cuidadosamente avaliados em todas as fases. Os exames sorológicos são usados rotineiramente e podem ser de 2 categorias: os não-treponêmicos, que usam antígenos não-treponêmicos, em que os mais comumente usados são os VDRL (Venerial Disease Research Laboratory) e o RPR (Rapid Plasma Reagin) para o screeming rotineiro valioso para estabelecer o diagnóstico e por ser expresso quantitativamente, quando positivo, pode ser usado para avaliar a eficácia do tratamento.
Este testes tornam-se positivos após 4 a 6 semanas da infecção ou 1 a 3 semana do aparecimento da lesão primária (cancro). São quase invariavelmente positivos, mas não são altamente específicos, podendo ser encontrados em doenças causadas por outros treponemas e agentes infecciosos como malária, mononucleose infecciosa e lepra, doenças do tecido conjuntivo, auto-imunes, hepatite C, gravidez e em idosos.
E os testes treponêmicos, em que o antígeno é o próprio treponema ou suas proteínas, com os quais reagem os anticorpos. São eles: o TPHA (hemaglutinação), FTA-abs (atualmente pouco utilizado pela sua complexidade) e os testes de enzimaimunoensaio, que por serem altamente sensíveis, específicos e automatizados são mais reprodutíveis.
*Glicemia
“Dosagem bioclínica da glicose sanguínea. Um dos exames mais solicitados no laboratório, tem sua máxima utilidade no diagnóstico, tratamento e acompanhamento do diabete melito. Valor iguais ou maiores que 125 mg/dL em jejum em mais de uma ocasião ou acima de 200 mg/dL 2 horas após sobrecarga de glicose são diagnósticos de diabete, de acordo com os critérios ADA (American Diabetes Association).”
*Rubéola
“Doença infecciosa sistêmica causada por um vírus RNA do gênero Rubivirus, da família Togaviridae, transmitido de pessoa para pessoa pelo contato e pelas secreções naso-faríngeas emitidas por tosse e espirro. Tem um período de encubação de 2 a 3 semanas, e com a duração de 2 a 3 semanas também. É transmissível de 7 dias antes da erupção até 7 dias após. Caracterizada por febre, mal estar e coriza, coincidente com a erupção macro-papular, de 1 a 3 dias de duração, na face, tronco e extremidades, e com adenopatia cervical e retro-ouricular, 5 a 10 dias antes, e dores articulares especialmente em mulheres jovens.
O diagnóstico é clínico-laboratorial, com os sinais e sintomas acima, e os exames de laboratório, com os testes de IgG e IgM, por enzimaimunoensaio para detecção dos anticorpos específicos, podendo ocorrer falsos positivos para o IgM por infecções pelo vírus Epstein- Barr, citomegalovírus, parvovírus e com o fator reumatóide. É uma condição clínica grave quando contraída pela gestante, pelos efeitos sobre o feto, produzindo a Síndrome da Rubéola Congênita, quando transmistida pela infecção da placenta e conseqüente viremia fetal, em 40 a 60% das mulheres grávidas infectadas, principalmente durante as primeiras 9 semanas da gestação, com elevadas taxas de mal formações fetais.
A vacinação é a única forma de prevenir a rubéola e está disponível nos serviços de vacinação públicos e privados.”
*Citomegalovírus
“CMV – Herpesvirushumano tipo 5 (HHVCMV-5). Provoca doença viral, na maioria dos casos assintomática. Após a infecção primária o vírus permanece latente em diferentes células como monócitos, neutrófilos, células renais, macrófagos, endotélio vascular e epitélio pulmonar. Mais de 80% da população mundial está infectada e a soropositividade aumenta com a idade, com o número de parceiros sexuais e doenças sexualmente transmissíveis.
A transmissão é sexual, congênita (pela amamentação), transfusões, transplantes e de pessoa para pessoa. Em pessoas imunocompetentes provocam um quadro semelhante a mononucleose infecciosa, caracterizada por febre, mal estar, artraugias, dores musculares, esplenomegalias e lesões cutâneas com duração de 7 a 8 semanas. Laboratorialmente ocorre a presença de linfócitos atípicos, alterações nas provas funcionais e hepáticas, e testes sorológicos positivos para IgG e IgM.Não há vacina disponível. O tratamento ou a prevenção dependem das circunstância do quadro clínico, dos órgãos ou tecidos afetados, e do comprometimento ou não do sistema imunológico.”
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