| 09/02/2011 08h48min
Quando você pensa em chegar em casa, descansar e relaxar, a primeira imagem que lhe vem à cabeça é da sua cama macia e confortável? Mas, na hora de limpar, você também vai querer que o quarto seja prático. E essas são as duas características destacadas por arquitetos na hora de pensar a decoração dos dormitórios.
O arquiteto Raul Pêgas, pontua que a decoração da casa deve ter uma unidade, que começa na entrada do lar - em geral, a sala - e se estende até o quarto. "Os sentidos devem fluir de maneira natural e suave pelos cômodos", explica.
O dormitório dos donos da casa seria, segundo Pêgas, o segundo cômodo mais importante do lar, perdendo apenas para a sala de estar, o "cartão de visitas" da moradia. "Mas o quarto", continua o arquiteto, "além da praticidade, precisa ser suave, ter conforto e intimismo, e ainda um toque de sensualidade".
Decorado do Rossi Fiateci, com projeto de Raul Pêgas Arquitetos
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Na visão do arquiteto, a sensação de conforto pode ser conferida, por exemplo, por travesseirões ou por estofado na cabeceira da cama. Lisiane Wendel Corrêa, da WB Arquitetura, sugere um tapete, para completar o visual.
Decorado do Goldsztein Punto Riserva Lindoia, com projeto da WB Arquitetura
Quanto a tons, ela indica os claros para paredes e móveis grandes, deixando as cores fortes para detalhes e objetos menores, como pufes, cadeiras, almofadas e colchas.
"Os composés, em geral, são três padrões: um liso; um listrado, em que o fundo é da mesma cor que o liso; e um estampado, que parte das mesmas cores básicas dos outros dois", detalha. Assim, é possível combinar desenhos diferentes mas com as tonalidades pares.
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Decorado do Goldsztein Arboretto Green Life, com projeto de Raul Pêgas Arquitetos
Móveis
Zeca Amaral Arquitetura, defende que usar cama e criados-mudos baixos é uma alternativa para espaços pequenos, uma vez que a pouca altura das mesas de cabeceira dá a sensação de amplitude. Para fazer o contraponto, pode-se usar uma luminária vertical, como no projeto que o escritório do arquiteto assina no decorado do Goldsztein Gallerie Prado.
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Decorado do Goldsztein Gallerie Prado, com projeto da Zeca Amaral Arquitetura
Móveis em acrílico também são uma opção, principalmente para o quarto das crianças e adolescentes. Com ar contemporâneo, o material às vezes é rejeitado pelos adultos, diz Pêgas, mas é aprovado pelos jovens.
Decorado do Rossi Ideal Parque Alto, com projeto de Raul Pêgas Arquitetos
Confortáveis, muitas vezes as peças são coloridas, fator que costuma agradar os mais novos. "Mesmo que os pequenos acabem enjoando da cadeira ou mesa, e seja preciso trocá-la, isso é mais ou menos esperado, porque com o crescimento muitas coisas precisarão ser mudadas na decoração do cômodo", continua o arquiteto.
Decorado do Rossi Panamby, com projeto de Raul Pêgas Arquitetos
A alternativa para o dormitório do casal seria uma poltrona, mais mole e confortável, ou algo com toque mais conservador e discreto. Na decoração do quarto dos filhos, a lógica do dormitório do casal se mantém, mas Pêgas sugere trocar a sensualidade pela jovialidade. Como a decoração vai durar menos, tem-se mais liberdade para usar cores fortes e objetos marcantes. O tema do visual deve ser o que o habitante do cômodo mais gosto - esporte, balé, skate, surge, fotografia, música, etc.
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Decorado do Goldsztein Gallerie Louvre, com projeto de Raul Pêgas Arquitetos
Decorado do Rossi Ideal Parque Alto, com projeto de Raul Pêgas Arquitetos
Quanto aos armários, Pêgas faz duas observações. Em relação à quantidade, destaca que é importante ter espaço suficiente para guardar roupas e objetos, mas que é interessante, também, fazer nichos (vazados), para dar leveza ao móvel.
Decorado do Rossi Ideal Parque Alto, com projeto de Raul Pêgas Arquitetos
Outra opção é usar prateleiras suspensas, em vez de "encher de roupeiros". "O jogo de volume das estantes valoriza a dimensão do quarto, enquanto que as portas dos armários fazem o cômodo parecer menor, pois dão a impressão de serem a parede", descreve o arquiteto.
Decorado do Rossi Caribe, com projeto de Raul Pêgas Arquitetos
Além do espaço, as estantes aparentes funcionam como vitrines, por assim dizer, e nelas pode-se colocar bichinhos de pelúcia, pequenas coleções, livros, brinquedos, troféus e outros objetos que agradem o morador e também sirvam como decoração.
Decorado do Rossi Panamby, com projeto de Raul Pêgas Arquitetos
O outro comentário do arquiteto refere-se ao closet. Quando suas portas dão para o quarto, é preciso pensar em soluções de iluminação, tanto para o armário quanto para o dormitório, no sentido de não deixar o cômodo escuro. Pêgas sugere usar vidros jateados nas portas do roupeiro, ou revesti-las com espelhos - essa solução, aliás, serve a outro propósito, já que abrindo uma ou outra porta pode-se, por exemplo, refletir a parte de trás da roupa ou do cabelo.
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Decorado do Goldsztein Punto Riserva Lindóia, com projeto da WB Arquitetura
Decorado do Punto Riserva Lindóia, com projeto da WB Arquitetura
Quanto a revestimentos, Lisiane afirma que o uso de amadeirados no piso, pois eles colaboram com a sensação de conforto e aconchego do cômodo. O clima intimista e romântico pode ser complementado, também, com cortinas leves e compridas até o chão.
O criado-mudo é outra peça importante par o dormitório, arremata Pêgas. Se o espaço for pequeno, pode-se optar por modelos com gavetas e/ou portas fechadas, que permitam guardar objetos.
Decorado do Goldsztein Agora Bella Vita, com projeto da WB Arquitetura
Em ambientes maiores, pode-se escolher ter apenas o tampo, onde se coloque objetos decorativos, e que por ocupar pouco espaço dá uma sensação de informalidade ao dormitório, completa Pêgas. Sobre as luminárias que costumam ficar sobre a mesa, o arquiteto sugere que sejam de luz direcionável, para que um possa ler enquanto o parceiro dorme.
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Bebê, criança, adolescente
O foco na personalidade em formação e nas mudanças da decoração foi a linha guia de Lisiane e Simone para conceber o projeto do quarto de bebe do Goldsztein Punto Riserva Lindóia.
Decorado do Goldsztein Punto Riserva Lindóia, com projeto da WB Arquitetura
A proposta sugere um armário adulto, que vai ser útil quando a criança crescer, e decorações de bebê marcadas pelo berço e pelos acessórios, peças que podem ser retiradas e substituídas pela cama de solteiro e por outros objetos de acordo com os gostos do jovem em formação.
Decorado do Goldsztein Punto Riserva Lindóia., com projeto da WB Arquitetura
Decorado do Goldsztein Punto Riserva Lindóia, com projeto da WB Arquitetura
O tocador do recém-nascido vira escrivaninha para o adolescente, a parede que tem adesivo decorativo já é preparada para receber a televisão de tela fina mais tarde.
Decorado do Goldsztein Punto Riserva Lindóia, com projeto da WB Arquitetura
Aliás, até o papel de parede teve foco no crescimento do filhote: a textura fina e bege não fica infantil, e ao mesmo tempo elimina a monotonia indesejada para um quarto jovial.
Para as crianças, a sugestão de Pêgas é de usar camas beliche, que costuma agradar os pequenos. Além de ocupar menos espaço, o móvel neste formato confere aconchego a quem dorme nele, tanto em cima, pela proximidade com o forro, quanto embaixo, graças ao colchão superior.
Decorado do Rossi Caribe, com projeto de Raul Pêgas
Se o quarto for para um único filho, pode-se colocar a cama mais alta e usar a parte de baixo para uma bancada. Quanto a cores, Lisiane sugere tons delicados, como lilás, verde ou azul claros, rosa antigo e amarelo suave.
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