A higiene íntima masculina ideal é simples: água e sabonete neutro são suficientes. Mas muitos homens não dão importância a isso e se esquecem que a falta de higiene, juntamente com a fimose e doenças sexualmente transmissíveis como o HPV, são os principais fatores de risco para o câncer de pênis.

“A falta de higiene é o principal fator de risco para a ocorrência de câncer peniano. Mas ele é raro: representa 2% de todos os casos de câncer nos homens. Em regiões de baixo nível sócio-econômico, como o Norte e Nordeste do Brasil, por exemplo, a incidência aumenta para 16% dos tumores malignos. Ou seja, a higiene é indispensável”, conta o urologista do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná Fernando Lorenzini.

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Mas o dado que preocupa é que metade dos pacientes demora um ano para procurar o tratamento quando observam alguma irregularidade. “Geralmente são verrugas ou pequenas ondulações superficiais que aparecem no pênis. Em casos mais avançados, pode aparecer uma lesão maior, por isso é importante reforçar que qualquer alteração no local deve ser levada imediatamente ao seu médico”, aconselha Lorenzini.

Embora o câncer seja mais comum em homens acima dos 50 anos, o ideal é manter uma boa higiene diária em todas as idades. “Inclusive depois da relação sexual, se ele puder higienizar o pênis, é aconselhável”, reforça o urologista.

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Outro ponto que o especialista ressaltou é a relação da fimose com o câncer de pênis. A fimose nada mais é que o excesso de pele (prepúcio) no pênis que impossibilita a exteriorização da glande, que é a cabeça do pênis (clique aqui e saiba mais). “Quando a pele não consegue retrair e expor a glande, o homem não percebe se na glande tem ou não o tumor”, alerta Lorenzini, que também ressalta: “Não é que quem tem fimose tem câncer. Nos pacientes que tem câncer de pênis, uma boa parte apresenta fimose conjuntamente e, se existir a fimose, a higiene fica difícil, e por isso pode ocorrer o câncer de pele”, finaliza.

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