| 03/09/2010 14h19min
O sonho da casa própria muitas vezes precisa passar por inúmeros cálculos. A análise dos meios possíveis vai do quanto se pode gastar até como tudo será quitado. O Brasil passa por um desenvolvimento no setor imobiliário, no qual a liberação de crédito para compra aumentou a demanda da procura por um lar. Entre as formas de pagamento, estão o financiamento bancário, o consórcio e o leasing. Veja as diferenças e encontre a melhor maneira para dar início à corrida até sua propriedade!
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O consórcio tem o mesmo mecanismo de quando se compra um veículo. Uma empresa administradora monta grupos com número de clientes interessados em comprar um imóvel de determinado valor.
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Cada um compra cotas desse valor e paga uma parcela mensal. Três consorciados são contemplados com uma carta de crédito no valor do imóvel no mês, através de sorteio ou lance, que significa um adiantamento de dinheiro a fim de obter mais cedo a carta de crédito, sem depender da sorte. O prazo final é de 120 meses.
A vantagem apresentada por essa modalidade é que não tem taxas de juros, mas apenas de administração. Segundo o diretor de crédito do Banrisul, Bruno Fronza, o consórcio se assemelha a uma poupança que no final dá uma carta de crédito.
Outra possibilidade é o leasing, quando o bem imóvel a adquirir fica de propriedade da instituição financeira, uma “locadora”, pagando o cliente uma renda mensal até liquidação da totalidade do crédito. Com o pagamento desta última prestação, o bem volta a ser propriedade do cliente.
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Já os financiamentos são realizados por bancos, que pagam ao vendedor do imóvel a quantia que quem compra quer financiar. A partir daí, o comprador deve pagar o banco que quitou sua dívida. Durante esse período, o imóvel fica ligado à pessoa que fez a compra, mas não pode ser negociado enquanto a dívida com o banco não é paga. Diversas instituições financeiras disponibilizam o crédito e se diferenciam nas condições de pagamento, taxas de juros e valor que pode ser financiado.
O Sistema Financeiro da Habitação serve para financiamentos imobiliários para pessoas que querem comprar suas residências. No exemplo do Banrisul, o valor médio financiado é de R$ 100 mil. A taxa máxima de juros é no valor da taxa referencial, calculada em cima da básica financeira, mais 9,5% de acréscimo ao ano.
Se essa for a opção escolhida na hora de adquirir um imóvel, o cliente deve passar na agência, fazer um cadastro e definir a demanda do financiamento. Para conseguir o crédito, deve poder comprometer 30% da renda familiar bruta, composta por todos os valores brutos recebidos por quem compõe o grupo. O banco financia até 90%, em um período de até 30 anos.
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De acordo com Fronza, o mercado imobiliário está muito aquecido. “No país, existe uma deficiência habitacional. O sonho da maioria das pessoas é comprar a sua casa própria. Com a liberação de crédito, aumentou a demanda”, garante.
As construtoras estão investindo em empreendimentos com unidades menores e com preços mais populares, a fim de atingir todos os segmentos do mercado. Ainda assim, o grande foco das empresas é na nova parcela populacional que procura por habitação.
“As instituições financeiras também têm interesse nesse aquecimento do mercado, pois o cliente que consegue financiamento vira cliente do banco. Com 30 anos de parcelas para quitar a casa, o cliente terá uma longa relação com o banco. Acaba fiel, para o resto da vida, àquele que financiou a sua casa”, afirma Fronza.
Além disso, o diretor afirma que outros negócios serão possíveis através de uma análise sobre o perfil do cliente. Tanto o novo dono da casa quanto o banco ganham com o financiamento. “As condições e as taxas são muito atrativas. A pessoa que está pagando aluguel não terá mais seu dinheiro recuperado. Comprar uma casa é investimento, além de trazer satisfação e orgulho”, concluiu o diretor.
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Passando adiante a carta de crédito
O empresário Fernando Lopes planejava trocar de casa. Para isso, comprou duas quotas de consórcio, em venda casada, que significa a inscrição do número de cliente em dois grupos de consórcio e, no momento em que é contemplado em um, no outro também será. O planejamento de Lopes era retirar a carta por lance, depois de algumas parcelas pagas.
A escolha pelo consórcio pode ser explicada pela diferença de taxas em comparação com o financiamento. “Vale mais, pois só é preciso pagar a taxa de administração e o reajuste anual. Não tem juros como no financiamento”, afirma Lopes.
Mas a sorte vem sem avisar e Lopes foi contemplado por sorteio no terceiro mês, ficando com as duas cartas de crédito. Como não esperava, nem havia se preparado para a chegada do dinheiro, que era mais do que o necessário para a compra de sua casa. Para fazer o melhor negócio, entrou em contato com a empresa de consórcio e pediu auxílio no procedimento de venda de uma das cartas.
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O preço cobrado aos interessados pela carta é o valor pago pelo quotista e mais o ágio, uma porcentagem do valor total da carta, estabelecida por quem está vendendo. Quem compra a carta também assume as prestações restantes do consórcio.
“O grande problema nesse tipo de transação é a falta de confiança”, garante o empresário. As cartas anunciadas em jornais podem ser mais caras do que as vendidas com orientação. Por isso, o ideal é procurar uma empresa que possa auxiliar no processo.
Compra com financiamento
Após nove anos pagando aluguel, Úrsula Boeck, em conjunto com a irmã e suas duas sobrinhas, com quem mora, decidiu investir na tão esperada casa própria. A possibilidade de usar o Fundo de Garantia como entrada no negócio também determinou a decisão.
O primeiro passo foi procurar a casa. Encontrar o imóvel no padrão desejado, em um bairro que não interferisse na rotina já estabelecida, demorou mais do que a burocracia de financiamento. Na hora de negociar com o banco, o fundo atribuído a dez anos de trabalho, aliado a um dinheiro reservado, serviu como entrada. Feito isso, mais um reforço precisou ser dado à imobiliária. Restam agora 25 anos de parcelas no financiamento, que diminuirão ao longo do tempo.
“A vantagem é que estamos deixando um patrimônio para os descendentes, que era uma das maiores preocupações. É investir de verdade no futuro”, garante Úrsula.
O dinheiro que era usado em condomínio serviu também para investir em melhorias no imóvel. “ No aluguel, as melhorias vão para o imóvel dos outros e não se pode levar nada quando se vai embora, é só conservação. Na casa própria é ao seu gosto, sem pedir permissão para ninguém. É por vontade própria”, conclui.
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