Itapema FM | 18/04/2015 16h57min
Foi em um cenário de mar agitado e pouco vento _ mistura temida para muitos velejadores, bem mais exigidos nessas condições _ que o Team Brunel venceu a In-Port Race, a regata local da Volvo Ocean Race, na tarde deste sábado, em Itajaí. Essa foi a primeira In-Port vencida pelos holandeses nesta edição da Volta ao Mundo. Com a vitória, a equipe agora lidera o ranking das regatas locais, com 15 pontos.
O Team Brunel ocupou o quarto lugar durante mais da metade da prova, mas conseguiu ajustar as velas com o pouco vento que havia para ultrapassar o SCA e alcançar os veleiros Abu Dhabi e Dongfeng, que se revezavam na liderança. A ultrapasagem na reta final surprendeu e empolgou o público.
A disputa pelo segundo lugar também provocou euforia em quem assistia à regata. O Abu Dhabi cruzou a linha de chegada praticamente empatado com o veleiro Dongfeng. O vento fraco tornou a competição entre os árabes e chineses angustiante, já que os barcos se moviam lentamente e a vantagem do veleiro dos Emirados Árabes era mínima.
As meninas do Team SCA _ única equipe que venceu duas regatas internas nesta Volvo Ocean Race _ largaram na frente e brigaram com o Abu Dhabi para se manter na liderança durante a primeira parte do circuito. A ausência de vento, no entanto, atrapalhou mais uma vez ao emparelhar os veleiros, e elas foram ultrapassadas pelos árabes e chineses. A equipe feminina não conseguiu recuperar as posições e teve de se contentar com o terceiro lugar.
O Mapfre, que conta com o velejador catarinense André Fonseca, o Bochecha, conseguiu consertar o mastro do barco a tempo de participar da regata local. Apesar do esforço da equipe de terra e dos funcionários do estaleiro da Volvo, que viraram noites para colocar o veleiro na água neste sábado, os espanhóis amargaram a quinta posição. A equipe até chegou a se aproximar do Team SCA na reta final da regata, mas o vento não impulsionou as velas do Mapfre o suficiente para que eles ultrapassassem as meninas.
Os americanos do Alvimedica, com exceção dos momentos em que a falta de vento emparelhava a competição, estiveram a maior parte do circuito entre as últimas posições. Na reta final, eles perderam velocidade e se distanciaram dos demais, chegando em sexto lugar.
Correntes fortes e vento fraco dificultaram regata
O local de disputa da In-Port Race em Itajaí é um dos mais difíceis desta edição da Volta ao Mundo. O fato de os barcos velejarem em frente aos molhes do município e de Navegantes, muito perto do encontro das águas do Rio Itajaí Açu com o Atlântico, obrigou os atletas a enfrentar correntes fortes. Mas o maior desafio deles nesta regata foi lidar com o vento fraco.
Para imprimir velocidade aos veleiros, as equipes optaram por ocupar a proa (parte da frente) dos barcos. Os velejadores também tiveram bastante dificuldade para cambar os veleiros, manobra utilizada para contornar as boias que delimitam o circuito da regata. Cada vez que precisavam recolher a vela principal para executar a manobra, a falta de vento atrapalhava e o barco levava mais tempo do que o necessário para fazer o contorno.
A ausência de vento também forçou os atletas a regular quase que o tempo todo as velas das embarcações.
COMO FUNCIONA A REGATA LOCAL
Classificação geral da regata até aqui*:
1º Abu Dhabi Ocean Racing - 9 pontos
2º Dongfeng Race Team - 16 pontos
3º Team Brunel - 18 pontos
4º Team Alvimedica - 19 pontos
5º Mapfre - 20 pontos
6º Team SCA - 29 pontos
7º Team Vestas Wind** - 36 pontos
*Quem tiver o menor número de pontos vence. Isto porque a pontuação corresponde à ordem de chegada. Quem chega em 1º lugar recebe um ponto e quem chega em 6º, seis.
** Equipe está fora da competição desde que encalhou rumo a Abu Dhabi e pretende retornar na etapa de Lisboa.
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