Itapema FM | 16/04/2015 21h53min
Em entrevista na tarde desta quinta-feira no espaço Mapfre da Vila da Regata, o único brasileiro que está competindo na Volvo Ocean Race, André Fonseca, o Bochecha, admitiu ter vontade de voltar a velejar em um barco brasileiro. O atleta catarinense esteve no Brasil 1 que ficou em terceiro lugar na Regata de Volta ao Mundo de 2005-2006. Ele também avaliou a participação da equipe espanhola até agora e falou um pouco sobre a estratégia e os desafios que o time vai enfrentar na etapa até Newport (EUA).
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Confira a entrevista:
Você velejou pelo Brasil 1 na Volvo Ocean Race de 2005-2006 e é o único brasileiro nesta edição. Vai lutar para que na próxima Volta ao Mundo tenha um barco brasileiro para você representar?
Acho que tendo uma parada em Santa Catarina é um começo, a gente sabe que o próprio estado tentou fazer um barco, existem pessoas que estão tentando. É preciso achar o recurso, empresa para patrocinar, não é nada fácil porque não é pouco recurso que precisa. Seria um objetivo, um bom desafio se tivesse um barco brasileiro na próxima regata e eu teria o interesse de estar nesse barco. Mas primeiro vamos terminar bem essa, para depois ver o que acontece na próxima.
A equipe Mapfre está em quarto lugar na classificação geral da regata. Ainda dá para alcançar a liderança?
A gente vai continuar brigando etapa por etapa, sem pensar no resultado geral e tentar ir terminando no pódio em cada etapa. A regata é longa, você tem que olhar dia após dia, continuar lutando e ver um pouco o que acontece. Também temos que olhar um pouco para trás, a gente tem chance de tirar primeiro, mas também tem chance de chegar em quinto. Então, tem que fazer um pouco dos dois, um pouco de balanço entre o que você arrisca e o quanto você defende. Ainda faltam muitas etapas, vamos pensar nisso mais para frente.
Quais serão as principais dificuldades na etapa até Newport (EUA)?
É uma etapa em que a gente tem que cruzar a linha do Equador, é um lugar onde o vento para muito. Tem uma área conhecida pelo nome de Doldrums, onde tem muita instabilidade, muita nuvem e pancadas de chuva. É uma etapa que pode ser bastante desgastante. A gente pode se deparar com baleias no litoral Norte do Brasil, na área de Recife, temos que cuidar bastante para que não ocorra nenhuma colisão. Próximo a chegada em Newport vai começar a água gelada, bastante frio, no final o vento pode subir. Não deveria ser uma regata tão difícil quando a etapa anterior, mas para quem está no mar, as condições podem se tornar difíceis de uma hora para outra.
Como você avalia a participação da Mapfre até agora?
Acho que a equipe vem se entrosando cada vez mais, o grupo está mais forte e isso se reverte em resultado na água. Aqui aprendemos a lidar com pessoas e culturas de diferentes países. Não começamos muito bem, tivemos que usar a própria competição para ganhar entrosamento porque não tivemos muito tempo antes. Agora a gente conhece mais o barco, cada um sabe o que tem que fazer. Evoluímos como grupo e no desempenho do barco.
Classificação geral da regata até aqui*:
1º Abu Dhabi Ocean Racing - 9 pontos
2º Dongfeng Race Team - 16 pontos
3º Team Brunel - 18 pontos
4º Mapfre - 18 pontos
5º Team Alvimedica - 19 pontos
6º Team SCA - 29 pontos
7º Team Vestas Wind** - 36 pontos
*Quem tiver o menor número de pontos vence. Isto porque a pontuação corresponde à ordem de chegada. Quem chega em 1º lugar recebe um ponto e quem chega em 6º, seis.
** Equipe está fora da competição desde que encalhou rumo a Abu Dhabi e pretende retornar na etapa de Lisboa.
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