Notícias

Itapema FM  | 07/04/2015 16h07min

"Não é qualquer tipo de mulher que consegue estar aqui", diz velejadora holandesa que morou no Brasil

Carolijn Brouwer retornou ao país a bordo do Team SCA depois de oito anos distante

Atualizada às 16h07min Maikeli Alves  |  maikeli.alves@osoldiario.com.br

Enrolada na bandeira brasileira, a holandesa Carolijn Brouwer, 41 anos, roubou a cena na chegada do Team SCA em Itajaí nesta terça-feira pela Volvo Ocean Race. A atleta, que morou no país durante 13 anos, foi uma das mais aplaudidas pelo público na Vila da Regata. Falando português fluente, a velejadora afirmou que foi um momento muito especial desembarcar no Brasil, que considera sua casa.

Depois de 22 dias enfrentando ondas de oito metros e ventos de até 50 nós, a atleta relatou os momentos de tensão vividos pelo grupo. Um deles foi quando o barco quase virou duas vezes e as tripulantes precisaram ser rápidas para consertar o erro. De acordo com Carolijn, a experiência foi muito dura para todas.

— Sofremos muito lá fora, quebramos muita coisa e ao mesmo tempo você tem que consertar, enfrentando mares enormes, ventos fortes e o frio, que nos deixa muito cansadas. O mais difícil é enfrentar condições que você nunca esteve antes e não pode treinar — conta.

::: Leia todas as notícias sobre a Volvo Ocean Race
::: Site mostra localização das equipes da Volvo em tempo real
::: Acesse a página especial sobre a Regata Volta ao Mundo

A atleta explica ainda que a equipe acabou ficando para trás depois que explodiu uma vela importante e precisou usar uma menor e mais lenta. Para a velejadora, não são todas as mulheres que conseguem enfrentar os desafios da regata e as condições dentro do veleiro.

— Você não tem banho, não tem chuveiro e mora com 12 mulheres num barco de 65 pés de 25 a 30 dias. Para poder fazer isso você tem que ser um pouco especial. Mas o mais importante é que a gente é profissional, a gente quer ganhar dos homens e quer chegar em Itajaí em primeiro lugar. Não conseguimos, mas estamos buscando esse objetivo — destaca.

Carolijn diz ainda que tudo vale a pena quando ela encontra o filho na chegada de cada etapa:

— É por isso que eu faço isso. É uma coisa muito dura deixar a família, mas eu ponho foco e concentração na chegada, que é um momento inesquecível. Você não pode baixar a cabeça, tem que fazer isso junto com as outras. É juntas que vamos conseguir, é especial o que temos.

A partir de agora a atleta e as companheiras do Team SCA pretendem relaxar e aproveitar o período de folgas curtindo as praias da região.

— Agora quero relaxar, comer uma feijoada e tomar uma caipirinha. Está fazendo calor, então vamos aproveitar a praia e a boa comida de Itajaí — afirma.

 

O SOL DIÁRIO
Sintonize a Itapema em Florianópolis 98.7, em Joinville, sintonize 95.3

Grupo RBS Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2009
clicRBS.com.br • Todos os direitos reservados.