Itapema FM | 18/10/2014 07h16min
Em São José, na Grande Florianópolis, oleiros se reúnem para participar do projeto de Turismo de Experiência e Fortalecimento do Artesanato Catarinense. Lourival Medeiros, 52, juntamente de outras seis pessoas, faz parte do grupo e se prepara para uma viagem nos dias 25 e 26 de outubro a Cunha (SP), considerada um polo de cerâmicas no Brasil.
Eles integram o projeto do Sebrae que criou oito grupos para trocas de experiências, viagens de aprimoramento e consultoria.
— O projeto está começando, o grupo está sendo montado. Vamos conhecer a cidade e a história de como ela se tornou este polo da cerâmica, o que funciona e o que não deu certo e trazer as ideias para cá — diz Medeiros.
Expandir as barreiras do turismo em Santa Catarina e fazer com que o turista fique mais tempo no Estado são metas que fazem parte da criação dos grupos pelo Sebrae.
Atualmente, a Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte estima que SC receba 21 milhões de turistas ao ano, que geram riquezas correspondentes a 12,5% do PIB catarinense.
Pretende-se com o projeto consolidar as rotas alternativas e disseminar os bons exemplos com o aprimoramento de pequenos negócios ligados ao turismo, que representa mais de 95% dos empreendimentos. A expectativa é atender mais de 5 mil pequenos negócios e microempreendedores individuais do setor, além de artesãos e produtores rurais.
Troca de conhecimentos
Durante as capacitações, os empresários conhecerão outras regiões fora do Estado e trarão ideias a serem desenvolvidas aqui. Trocam experiências e passam por programas com o intuito de criar novas expectativas para atrair os visitantes.
Na prática, são mais de 50 profissionais envolvidos. Analistas do Sebrae/SC fazem a estruturação, gestão e monitoramento dos grupos, e as ações são executadas por consultores técnicos.
Empresários de Nova Trento buscam exemplos em SP
Aloísio José Dolri, mais conhecido como Iggio pela sua descendência italiana, é empresário na cidade de Nova Trento, na Grande Florianópolis. Ele, proprietário de uma pizzaria, faz parte da equipe de empresários convidados a participar do projeto de Turismo Cultural religioso do Vale do Rio Tijucas.
Há duas semanas voltaram de uma viagem às cidades de Aparecida e Campos do Jordão, em São Paulo. Os empresários ficaram entusiasmados com a estrutura de hospedagem que conheceram e a valorização dos produtos locais, como a criação de novos pratos típicos da região. A ideia é incrementar produtos locais, com mais opções de lazer e estrutura em Nova Trento.
Os oito grupos criados pelo Sebrae são: Floripa Pró Turismo, Pró Turismo de São José, Fortalecimento do Turismo de Sol e Praia da Costa Esmeralda, Turismo Cultural Religioso do Vale do Rio Tijucas, Desenvolvimento Sustentável do Turismo Náutico Catarinense, Turismo de Experiência Vida Açoriana e Sabores da Serra Catarinense e Fortalecimento da Gastronomia de SC.
Entrevista: Alan Claumann
"A iniciativa é fortalecedora"
O coordenador dos projetos no Sebrae, Alan Claumann, explica que a iniciativa tem o objetivo de fortalecer e consolidar as rotas turísticas em Santa Catarina. Foram elencados segmentos e depois analisadas opções de integração cultural.
DC – O que o Sebrae espera alcançar com a realização destes projetos?
Alan Claumann – Com o fortalecimento e consolidação dos destinos turísticos de SC, há expectativas de um amplo desenvolvimento territorial, com geração de emprego e renda, qualidade de vida ao povo catarinense, bem como de questões ligadas à sustentabilidade ambiental e do patrimônio cultural catarinense, importante item de competitividade dos destinos.
DC – Quais foram os critérios de escolha para os oito projetos?
Claumann – Foram elencados seis segmentos de turismo num primeiro momento (gastronomia, sol e praia, negócios e eventos, experiência, náutica e cultural religioso), que cobrem grande parte do território catarinense. Na ocasião, o viés de inovação foi também considerado.
Neste caso, o turista não apenas observa os locais que visita, mas participa das atividades através das manifestações culturais e históricas, integrando-se ao território e gerando experiências singulares e únicas.
DC – Como é a execução dos projetos e qual o prazo de conclusão deles? Quantas pessoas envolvidas?
Claumann – Os analistas do Sebrae/SC fazem a estruturação, gestão e monitoramento dos projetos, e as ações são executadas por consultores técnicos especialistas, credenciados ao Sebrae. Exceto o projeto Pró-Turismo de Florianópolis e o projeto Viver São José, que se encerram em dezembro de 2016, os demais finalizam em dezembro de 2015.
Entre analistas do Sebrae/SC e consultores técnicos credenciados, o número de profissionais envolvidos ultrapassa 50.
DC – Quantos empreendimentos poderão ser atendidos pelos projetos?
Claumann – A expectativa é atendermos mais de 5 mil pequenos negócios e microempreendedores individuais do setor de turismo, além de artesãos e produtores rurais. Os projetos ainda estimulam a formalização de empreendedores do setor de turismo, em alguns projetos há ações específicas para a formalização, como a economia de praia na Costa Esmeralda.
Lourival Medeiros se prepara para conhecer um dos polos da cerâmica no Brasil em outubro
Foto:
Marco Favero
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