Como na edição do ano passado, o primeiro sábado foi de diversão e muita música, mas também de filas na Oktoberfest. As bilheterias fecharam pouco antes das 19h30min e as vendas online, bloqueadas às 13h. Ao todo, foram vendidos aproximadamente 51 mil ingressos e a quantidade de público simultâneo chegou a 34 mil. O número máximo de pessoas ao mesmo tempo dentro da Vila Germânica é de 37.704, determinado pelo Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre a prefeitura e o Ministério Público no ano passado. A venda a mais é justificada pelo fato de que há um grande rodízio de público ao longo do dia. O cálculo de quantos ingressos podem ser vendidos à noite para nenhuma pessoa que comprou ingresso ficar de fora é baseado em edições anteriores. César Luiz Dalri esclarece que nesta edição houve uma mudança de comportamento dos visitantes, e por isso os ingressos acabaram antes do esperado:

— Como a festa abre às 11h há um grande rodízio de público e isso acontecia até as 18h. Este ano não aconteceu, o público permaneceu dentro da Vila Germânica e poucos ingressos foram liberados depois deste horário.

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Segundo ele, na edição anterior cerca de 14 mil pessoas deixavam a festa mais cedo e mais pessoas podiam entrar à noite, quando a maior parte do público vai à festa. Neste sábado, apenas 5 mil pessoas foram embora antes das 18h, refletindo no número de ingressos a serem vendidos à noite.

Às 18h, após o término do desfile, já havia filas para comprar ingressos. A venda era liberada aos poucos e recepcionistas informavam aos visitantes que ainda restavam poucas entradas. Para evitar tumulto, a Polícia Militar montou uma barreira em frente às bilheterias. Apesar da informação por volta das 19h30min de que não haveria mais ingressos, as pessoas permaneceram nas filas esperando que aos poucos as bilheterias fossem liberadas:

— A gente estava na fila e ficávamos iludidos pensando que uma hora iria andar e que poderíamos entrar na festa. Mas daí informaram que os ingressos tinham acabado e para não voltar pra casa acabei comprando de um cambista por R$ 30. Ainda bem que eles estavam aqui para vender para tantos turistas que iriam ficar de fora.

O secretário de Turismo, Ricardo Stodieck, fez a avaliação da limpeza, segurança, alimentos e bebidas como positiva neste primeiro fim de semana. Em relação às filas, ele acredita que a mudança deve ser cultural e as pessoas devem se planejar antes de ir à Oktoberfest:

— Quem se planejou, entrou e teve acesso à festa. Com o tempo, o visitante tem que se acostumar com isso. É uma questão cultural, porque há pontos de venda pela cidade e na internet. As pessoas precisam se planejar para os próximos fins de semana.