Oberço cultural joinvilense peregrinou, durante os últimos dois anos e três meses pelo processo de reforma e alterou a rotina de centenas de professores, alunos e pais. No entanto, a partir desta sexta, a Casa da Cultura Fausto Rocha Júnior volta a oxigenar e abre as portas para o público às 19 horas, com cerimônia oficial de inauguração e atrações culturais dos próprios alunos.

A programação de reabertura está repleta de atrações que fazem jus ao retorno no espaço. A abertura será com a Orquestra Villa Lobos, orquestra com a maestrina Fabrícia Piva, balé, coral, Dj Roger Thiago e Edu Hoffmann com vídeo mapping, exposições dos alunos da escola de artes e esquetes de teatro. O curso de cerâmica, por exemplo, irá além, criando vasos customizados para as correntes de queda d’água – são cerca de 30 – de toda a instituição.

A única instituição pública que engloba a diversidade de linguagens culturais, a casa oferece mais de quarenta cursos, distribuídos na Escola de Artes Fritz Alt,Escola Municipal de Ballet e Escola de Música Villa Lobos e a Galeria de Arte Victor Kursancew. Foi interditada em agosto de 2011 pela Vigilância Sanitária e a estimativa do valor total da reforma é de cerca de R$ 500 mil.

O Presidente da Fundação Cultural de Joinville, Rodrigo Coelho, acredita que a entrega da unidade será uma conquista para toda a comunidade.

—  É uma devolução de um patrimônio de quase 40 anos, que marcou época e por onde passaram vários grandes artistas, bailarinos e onde nasceu o Festival de Dança. A casa representa muito para os professores e alunos.

A boa notícia é o aumento do número de vagas para 2014. Rodrigo acredita que a unidade que hoje atende mil alunos, possa atender cerca de 1.500, além dos estudantes atendidos pelo programa de extensão comunitária, espalhada pelos bairros da cidade.

A gerente da Fundação Cultural de Joinville, Mara Beatriz Souza, que assumiu neste ano a responsabilidade das obras, explica que os entraves burocráticos foram os fatores que influenciaram na demora do início e da conclusão da reforma.

Embora a estrutura não tenha sido alterada, as obras foram significativas na troca do piso e do telhado, renovação da parte elétrica e hidráulica, inclusão do sistema de drenagem, pintura, piso flutuante na sala de balé que funcionará onde era o antigo auditório, colocação de tablado na nova sala de teatro, pintura, além da nova sala de teoria do balé, troca de 70% do mobiliário e ajardinamento feito com paisagista.

De acordo com Mara, algumas alterações importantes não estavam no projeto inicial da reforma e foram acrescentadas, como inclusão de acessibilidade e o sistema preventivo de incêndio, assinado pelos bombeiros.

— Outra novidade será a nova comunicação visual da Casa — adianta Mara.