O Corpo de Bombeiros fez uma vistoria no Centro Integrado de Cultura (CIC) na tarde desta quarta-feira. Os quatro fiscais encontraram pendências nas alas norte e sul do prédio. O local continua, então, sem alvará.

O teatro do CIC (ala sul), reaberto após reforma de três anos em setembro de 2012, está fechado por determinação da justiça. Os bombeiros encontraram problemas nas saídas de emergência e na iluminação; um sistema de alarme foi instalado, mas não funcionou durante a vistoria; não foram colocados os corrimãos na escadaria da plateia; o laudo da rampa de acesso não comprovava a utilização de material antiderrapante. O sistema de para-raio, que estava falhando na vistoria em fevereiro, está dentro das determinações.

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A ala norte é onde os ficam os cerca de 25 funcionários da Fundação Catarinense de Cultura (FCC). De acordo com o Corpo de Bombeiros, outra vistoria foi feita no início deste ano e, por inexistência do sistema preventivo de incêndio, pediram que a área fosse isolada. Tudo o que poderia pegar fogo deveria ser retirado. Ao visitar o local nesta quarta-feira, os bombeiros viram que o prédio estava funcionando e recomendaram a interdição mais uma vez.

De acordo com a Fundação Catarinense de Cultura (FCC), eles irão ajustar todos os pedidos no prazo mais curto possível. As atividades estão suspensas até sexta-feira, e o show do cantor Paulinho Moska foi remarcado pela segunda vez: será no dia 29 de agosto. Para este sábado, está mantido o espetáculo "Tangos e Tragédias".

O caso CIC

O CIC está interditado desde a última segunda-feira pelo juiz Hélio do Valle Pereira, da 3a Vara da Fazenda Pública. O juiz avaliou que é possível identificar claramente a falta da aprovação do Corpo de Bombeiros para o funcionamento do complexo e alega que a fundação não levou a sério a possibilidade de interdição. Ele escreveu ainda que tem a sensação de que a FCC espera que ele atue como um intermediário entre os bombeiros e a fundação e esclarece que a obtenção do alvará é obrigação da fundação, e não dele.