A Defesa Civil de Santa Catarina informou nesta quinta-feira, dia 1º, que 408 mil catarinenses foram prejudicados pelo ciclone Catarina.

O levantamento leva em conta todos os moradores que perderam bens materiais como casas e carros e também os que ficaram impedidos de trabalhar ou estudar por algum tipo de desabamento.

Se levado em conta o Censo 2000 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os prejudicados pelo vendaval representam quase 8% da população total do Estado.

O número divulgado reúne alunos de escolas que caíram ou ficaram sem água e luz, trabalhadores de lojas e indústrias do sul do Estado que até esta quinta não tinham retomado as atividades, pessoas que sofreram algum tipo de ferimento e parentes de náufragos, entre outros.

A maior parte dos prejudicados vive em Sombrio, Arroio do Silva, Balneário Gaivotas, Passo de Torres, São João do Sul e Araranguá. Nessas cinco cidades e nas outras 35 atingidas pelo vendaval, equipes ainda trabalhavam nesta quinta no conserto dos estragos.

Prejuízos

Nas contas da Defesa Civil, os gastos para consertar o total de imóveis abalados ou totalmente destruídos somam R$ 500 milhões. Com a agricultura (o arroz é a cultura mais atingida) outros R$ 87 milhões. E a reconstrução da rede elétrica outros RS 3 milhões.

O capitão Márcio Luiz, da Defesa Civil, disse que os prejuízos materiais chegam a R$ 1 bilhão, o equivalente a dois meses de meio da arrecadação do governo do Estado.

– Temos também um prejuízo emocional (o trauma dos que testemunharam) e um prejuízo econômico: quem da região atingida está gastando no comércio? – acrescentou.

Nesta quinta, moradores de Araranguá e Criciúma começaram a receber parte das 100 mil telhas doadas pelo governo do Estado do Paraná.

Nos próximos dias, prefeitos de cidades do sul atingidas pelo ciclone vão receber 60 toneladas de maçã para tentar trocar por dinheiro ou serviços no comércio.

As informações são do Diário Catarinense.