| 20/04/2006 18h04min
O depoimento do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Basto, encerrou há pouco na CCJ da Câmara. A sessão durou cerca de oito horas. Durante o depoimento, o minstro repetiu diversas vezes que é amigo do ex-ministro Antonio Palocci, mas negou que tenha prestado algum tipo de assessoria jurídica ou que tenha ajudado na estratégia de defesa de Palocci.
Oposição e governo divergiram quanto ao comparecimento de Bastos à Câmara. Os deputados da base governista avaliaram como positivo o depoimento, pois encerrou as suspeitas sobre o seu envolvimento na quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa. Já a oposição defende a demissão de Thomaz Bastos, afirmando que o ministro perdeu a credibilidade. Bastos participa neste momento de audiência pública da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).
O líder do PSDB, deputado Jutahy Junior (BA), classificou a quebra de sigilo do caseiro como uma operação do governo para proteger o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci. O parlamentar disse estar convencido do envolvimento de Thomaz Bastos no caso.
Para o deputado José Eduardo Cardozo (SP), vice-líder do PT, a tese da oposição é falha e não passa de um exercício de retórica. Cardozo disse que os esclarecimentos dados pelo ministro evidenciam que ele não tem nenhum envolvimento no caso.
Já o líder do PFL, Rodrigo Maia (RJ), afirmou que o ministro não respondeu as suas perguntas e deve satisfações por seus atos ao Conselho de Ética da República. Segundo Maia, Bastos feriu a ética por indicar um advogado privado ao ministro da Fazenda.
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