| 17/01/2006 08h35min
Aliado do presidente Luiz Inácio Lula e defensor de uma aliança entre PMDB e PT na eleição de outubro, o senador e ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) criticou duramente a prévia de seu partido para a escolha do candidato ao Palácio do Planalto, classificadas por ele como "erro absurdo".
Para Sarney, o governador Germano Rigotto, que estará em Brasília amanhã para se inscrever à prévia, é um nome pouco conhecido e com dificuldades na eleição nacional, "por mais qualidades que tenha". Ele também citou o concorrente de Rigotto, o ex-governador do Rio, Anthony Garotinho, como um nome que não une o PMDB.
– Sua área não é a do PMDB. Não é um candidato das bases do PMDB e não une o partido.
Nas últimas semanas, o discurso dos principais dirigentes do PMDB tem sido em favor de uma candidatura própria. Discurso adotado inclusive pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que antes também defendia uma aliança para reeleeger Lula.
– É um erro absurdo o PMDB realizar prévias agora para escolher candidato. É um gesto que não tem nenhum objetivo político. É incompreensível – protestou Sarney sobre a consulta interna já marcada para o início de março.
O senador lembrou que nenhum dos partidos definiu seus candidatos até agora e que nem mesmo Lula confirmou oficialmente a disposição de renovar o mandato. Sarney disse ainda que as regras da eleição não estão definidas.
– O PMDB não tem um candidato natural, com densidade eleitoral. Se for mantida a verticalização (repetição nos Estados da aliança nacional) e o PMDB ficar sozinho será uma catástrofe para a legenda nos Estados – disse.
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