| 15/11/2005 15h27min
Uma eventual queda do ministro da Fazenda Antonio Palocci não deve gerar nervosismo no mercado, uma vez que o sucessor deve seguir a mesma linha do atual chefe da pasta. A avaliação é da economista Debora Morsch Para ela, faltando um ano para acabar o governo, dificilmente se mudaria os rumos da política econômica.
Apesar dos duros ataques que o ministro tem recebido, Debora analisa que o presidente Lula deve manter Palocci, pela sua força na gestão.
– Ele é o ponto forte do governo. O presidente só não vai dar apoio se sentir que as denúncias forem muito fortes contra ele e não tem como absolve-lo disso. Se tiver como, ele vai tentar manter o Palocci que é um ministro que dá orgulho para o governo.
Amanhã, Antonio Palocci deve se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ministro antecipou sua volta para Brasília na segunda-feira à noite. Hoje, ele estaria despachando com alguns assessores.
O ministro deixou Brasília sexta passada dizendo que precisava de alguns dias para refletir sobre a crise atual. Existe grande expectativa em relação ao que Palocci vai decidir: se continuará no cargo, apesar das denúncias, muitas de ex-auxiliares na época em que era prefeito de Ribeirão Preto (SP), ou se pede demissão. Em entrevistas, já foram cotados para a pasta nomes como o de Aloizio Mercadante, e da própria Dilma. Na opinião de Débora Morsch, Murilo Portugal, já membro da equipe econômica, deve assumir caso Palocci saia do cargo.
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