| 07/11/2005 15h31min
A greve dos fiscais agropecuários federais está com 100% de adesão no Rio Grande do Sul, de acordo com avaliação do coordenador do Comando de Greve no estado, Antonio Ângelo Amaral. A informação é confirmada delegado do Ministério da Agricultura e Abastecimento no estado, Francisco Signor.
Em Uruguaiana, na fronteira com a Argentina, já havia, no início da tarde, uma fila de 35 caminhões aguardando liberação. Segundo Antonio Ângelo, estão paralisadas a fiscalização de produtos importados e exportados nas fronteiras e a certificação de produtos de origem animal e vegetal em frigoríficos, indústrias e laboratórios.
Antonio Ângelo ressaltou, entretanto, que a fiscalização da febre aftosa não está sendo prejudicada, porque os fiscais responsáveis por esse serviço continuam trabalhando. Ele reiterou que, se o governo acenar com alguma proposta discutível, a greve poderá terminar antes do dia 13, prazo estabelecido pela categoria. As principais reivindicações dos fiscais são: o aumento de 30% nos salários e isonomia na gratificação de ativos e aposentados.
O delegado do ministério da Agricultura no Estado, Francisco Signor, disse que a greve não era esperada, porque houve um entendimento na reunião realizada sexta, dia 4, em Brasília, pelo secretário executivo do ministério com representantes dos fiscais e do ministério do Planejamento para começar hoje as negociações de modo que uma proposta seja apresentada em 15 dias.
Signor afirmou que, com a paralisação da fiscalização, os prejuízos serão incalculáveis.
– Os frigoríficos também param, porque não têm estrutura para armazenar a produção.de mais de dois dias. Com isso, aumentam os preços, os prazos de entrega não são cumpridos e sempre acontecem perdas de clientes no exterior – concluiu.
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