| 23/10/2005 21h40min
O referendo sobre a comercialização de armas e munição no Brasil custou R$ 250 milhões, segundo dados divulgados na noite desta domingo pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Carlos Velloso.
Segundo ele, de um total de 323.368 urnas utilizadas hoje, 2,8 mil foram substituídas em todo o país, o que corresponde a 0,87% do total. Houve votação manual em 263 sessões, ou em 0,08% do total.
Com 93,79% dos votos apurados, o Não no Brasil obteve 64,02% dos votos válidos, ante 35,98% alcaçados pelo Sim. Velloso disse que não imaginava tal diferença, assim como garantiu que não apostava na vitória de nenhuma das duas opções.
– O que o povo decide é soberano, não examinarei o mérito da escolha – disse o ministro.
Sobre abstenções, Velloso afirma que um índice em torno de 20% não pode ser considerado alto. Com 93,79% da totalização, a abstenção entre os eleitores brasileiros está em 21,44%.
Velloso disse ainda que é um adepto dos referendos, sistema em que "o povo participa diretamente e que torna a democracia muito mais legítima". Segundo ele, seria interessante haver mais referendos no Brasil. Ele sugeriu que estas consultas populares ocorressem de quatro em quatro anos, durante as eleições para prefeito e vereador.
– Os eleitores votam em apenas duas opções nestas ocasiões. Seria possível inserir mais uma ou duas questões – sugeriu o ministro.
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