| 30/08/2005 13h35min
Foi decretada a lei marcial na cidade norte-americana de Nova Orleans, na Lousiana, atingida pelo furacão Katrina. Cerca de 80% da cidade americana está inundada e, segundo as autoridades, foi transformada em uma "zona de guerra". O prefeito de Nova Orleans, Ray Nagin, confirmou disse que o nível das águas chega, em alguns lugares mais baixos, a sete metros.
Os meios de comunicação locais informam que já foram feitas várias detenções por casos de pilhagem em supermercados, farmácias, residências e, até mesmo, em caixas automáticos.
A polícia patrulha com armas as principais ruas da cidade para evitar os saques, um problema que já se estendeu também ao Estado do Mississippi, onde o governador advertiu que não será tolerado que delinqüentes tirem proveito das pessoas afetadas pelo furacão.
– Dei instruções à patrulha de estradas e à Guarda Nacional para que tratem os saqueadores sem piedade – segundo Barbour, que acrescentou que as leis serão aplicadas com toda a dureza possível.
O responsável pelo distrito de Jefferson, Aaron Broussard, disse, por sua vez, que "há escombros por todas as partes" e anunciou que pedirá o auxílio da Guarda Nacional "para manter as pessoas fora da região mesmo que isso implique o uso de forças armadas".
– O distrito necessita tempo para a limpeza, para avaliar os danos e para fazer com que as ruas sejam seguras para o trânsito – disse Broussard, que calculou que os residentes deverão se manter fora de Jefferson, um das zonas mais importantes da área metropolitana de Nova Orleans, por pelo menos uma semana.
Por sua vez, Nagin, em declarações a uma emissora de televisão local, disse que a cidade, de 1,3 milhão de habitantes, poderia permanecer várias semanas sem energia elétrica, tanto pelos danos do Katrina na rede de distribuição de energia como pelo perigo que representam nas zonas inundadas.
– Nova Orleans tem importância estratégica como porto e refinaria de petróleo e, por isso, o governo federal deve nos ajudar na reconstrução – assinalou Nagin.
Esta cidade, localizada no delta do Mississippi e de frente para o lago Pontchartrain, serve como centro de operações para quase 25% da indústria petrolífera dos Estados Unidos. Nova Orleans se salvou por pouco do impacto direto do furacão que, quando estava a 35 quilômetros da cidade mudou de rumo para nordeste e investiu contra as costas da Louisiana e do Mississippi. As maiores inundações se devem à ruptura de uma larga seção de um dique no canal da rua 17.
Segundo levantamento de seguradoras, os prejuízos podem chegar a US$ 26 bilhões. O governo de Mississipi disse hoje que o total de mortos pode chegar a 80. O número oficial por enquanto é de 55.
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