| 19/07/2005 14h50min
O ex-secretário-geral do PT Silvio Pereira disse, em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito dos Correios, que o secretário de Comunicação e de Gestão Estratégica, Luiz Gushiken, criou durante a transição de governo, no final de 2002, um sistema de indicação para cargos de confiança no governo que contava com 5 mil nomes.
Segundo Pereira, Gushiken repassou esses dados aos ministros para que os usassem como referência nas contratações. O ex-secretário disse ainda que, do final de 2002 até o início de 2003, quando era secretário de organização do PT, participou de reuniões com os presidentes de partidos da base aliada, entre eles José Carlos Martinez (PTB) e Valdemar Costa Neto (PL). Os encontros eram para discutir indicações para cargos de governo. Depois que assumiu a secretaria-geral do PT, em abril de 2004, Pereira diz que não exerceu mais a função de indicar nomes.
Silvio Pereira disse ainda que as brigas mais intensas nas reuniões com os presidentes dos partidos da base aliada para discutir estes cargos no governo ocorriam quando se tratava de indicação para empresas como Banco do Brasil, Petrobras, Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) e Infraero. No entanto, o ex-secretário diz que não indicou nomes para o IRB, os Correios nem Furnas.
Segundo Pereira, sua influência era maior nos estados. Ele explicou que sua função era encaminhar os currículos para o governo e acompanhar as nomeações, principalmente quando eram solicitadas por algum parlamentar.
As informações são da Agência Câmara.
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