| 01/06/2005 00h19min
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que não admitirá qualquer medida que tenha como objetivo protelar o início dos trabalhos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que irá investigar denúncias de corrupção dentro da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT).
Renan disse que se os líderes do governo não indicarem os membros da CPMI até a próxima semana, ele fará uma reunião com as lideranças e indicará ele próprio os parlamentares.
– Não vou permitir que paciência se confunda com leniência, procrastinação. Há um limite óbvio do bom senso do país – disse Renan Calheiros.
A oposição acusou os governistas de estarem protelando a instalação da CPMI ao vincularem a indicação dos parlamentares da base aliada que irão compor a CPI a uma decisão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) sobre a constitucionalidade do requerimento que a criou.
– Isso é chantagem, é manobra, pura jogada política. Se o recurso (do deputado João Leão) não tem efeito suspensivo não há premência da análise pela Comissão de Constituição e Justiça – afirmou o deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA).
As declarações do pefelista baiano foram rebatidas pelo deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP).
– Toda discussão política é acirrada na Câmara, mais ainda quando se aproximam as eleições. O que é importante é que na Comissão de Constituição e Justiça vamos discutir a constitucionalidade do requerimento que, a meu ver, tem falhas claras na medida em que não apresenta o objeto da investigação – rebateu o petista.
Renan afirmou que está sendo bastante paciente com o fato do governo querer primeiro saber a constitucionalidade da CPI.
– Ao que parece, o governo quer responder primeiro se a CPI é constitucional, se tem fato determinado. Claro que isso aumenta um pouco a paciência, mas a paciência tem limite.
As informações são da Agência Brasil.
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