| 14/03/2005 21h13min
O vice-presidente José Alencar (PL) voltou a ironizar nesta segunda, dia 14, suas qualificações para comandar o Ministério da Defesa, três dias depois de ter dito que se sente mais confortável com assuntos empresariais.
– Vocês acham que eu tenho perfil para a Defesa com essa barriga? Defesa tem que ser desbarrigado – brincou Alencar a jornalistas ao deixar o gabinete da vice-presidência.
Lula vem costurando a reforma desde outubro do ano passado, quando foram feitos os primeiros contatos para reformular o Executivo e formar um "governo de coalizão", trazendo para o centro das decisões os partidos aliados. Na semana passada, quando havia a expectativa do anúncio, Lula disse que ainda estava pensando no assunto.
Especula-se que o presidente informe as mudanças ainda esta semana, mas quarta ele visita Erechim, no Rio Grande do Sul, e Coronel Freitas, em Santa Catarina, cidades afetadas pela seca. Na sexta vai a Aracaju (SE) e no sábado a Recife (PE), onde participa da festa de 25 anos do PT.
O líder do governo na Câmara dos Deputados, Professor Luizinho (PT-SP), disse, no entanto, que o presidente deverá anunciar a reforma ministerial nesta semana. Segundo ele, o presidente está analisando a reforma para anunciá-la nesta semana.– Podemos ter opinião sobre a reforma, achar que estamos sabendo de alguma coisa, mas aquele que tem o conjunto da reforma é o presidente Lula, que vai nos informar nesta semana – afirmou.
A possível saída de Alencar pode abrir espaço para o ministro da Coordenação Política, Aldo Rebelo (PCdoB), que vem sendo fritado no cargo, desde que o PT perdeu a eleição para a presidência da Câmara, em fevereiro. Para a Coordenação, um dos cotados é o ex-presidente da Casa, deputado João Paulo Cunha (PT-SP).
Um nome dado como certo na reforma é a do senador Romero Jucá (PMDB-RR) para a Previdência, substituindo o também peemedebista Amir Lando, que perderia o cargo. O ministro das Comunicações, Eunício Oliveira (PMDB-CE), que pode deixar a pasta para acomodar outros aliados do governo, foi cauteloso ao confirmar a informação.
– O PMDB no Senado tem a tendência de indicar o Jucá, mas não sei o que vai acontecer. Nesse governo, quem tem juízo, não dá fato consumado antes de o presidente falar – afirmou Eunício, que pode ser deslocado para outra pasta.
Com informações da agência Reuters e Agência Brasil.
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