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Sem motivos para gargalhadas, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciou no final da tarde desta quarta, dia 15, uma alta de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros da economia – agora em 16,25% ao ano. Às vésperas da decisão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a arrancar risos de uma platéia de executivos ao afirmar que o mercado passa todo mês por uma "Tensão Pré-Copom".
A elevação na taxa é a primeira do ano e põe fim a uma série de quatro meses consecutivo da manutenção dos juros em 16%. Ela foi aprovada com cinco votos dos membros do Copom – os outros três integrantes votaram por uma elevação de 0,5 ponto percentual. De acordo com a nota divulgada após a reunião, este é o início de uma política gradual de ajuste dos juros. O objetivo é conter a pressão inflacionária, já que os índices de preços têm mostrado tendência de alta. Na primeira prévia de setembro, o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) ficou em 0,35%, acima do 0,19% de igual período do mês passado. Já a projeção para a inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2005 foi elevada pela terceira semana consecutiva, de 5,6% para 5,7%.
A descontração de Lula no dia anterior à elevação da Selic fazia oposição ao apelo do vice-presidente José Alencar, que nessa terça voltou a criticar as taxas de juros no país. Em um debate na Federação das Indústrias de Brasília (Fibra), Alencar disse que nunca, como agora, houve tanta transferência de renda em benefício do sistema financeiro.
Apesar da declaração do ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, que afirmou que não "há pressão inflacionária que justifique" uma alta nos juros, o mercado já apostava em um aumento. A previsão ganhou força após o ministro do Planejamento, Guido Mantega, admitir que o país enfrenta o risco de alta da inflação.
Com informações do Globo Online.
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