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Furlan acredita na continuidade do crescimento das exportações

Ministro rejeita idéia de bolha na balança comercial

As exportações brasileiras atingiram patamar recorde em junho e o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, elevou a expectativa para o ano, garantindo que esse desempenho não é passageiro.

– Há uma mudança cultural nas empresas. É por isso que as exportações estão crescendo sistematicamente. Esse crescimento não é uma bolha – afirmou Furlan.

Nesta quinta, dia 1º, o ministro anunciou o aumento da estimativa de exportações de US$ 83 bilhões para US$ 88 bilhões em 2004 – com projeção de superávit comercial de US$ 28 bilhões. A balança comercial registrou saldo positivo de US$ 3,81 bilhões em junho, renovando o recorde histórico alcançado no mês anterior.

As exportações somaram US$ 9,327 bilhões no mês. As importações também mostraram mais força em meio à retomada da economia interna, totalizando US$ 5,517 bilhões – as maiores do ano e também as mais altas para um mês de junho.

– Os números do primeiro semestre surpreenderam positivamente, não só em termos de exportações como de importação. Isso não é nenhum espasmo – sustentou o ministro, dizendo que no primeiro semestre de 2004 foram realizados pelo governo 415 eventos de promoção de produtos brasileiros no exterior, frente a 111 em igual período do ano passado.

Para economistas, o trabalho do governo é um dos motivos do forte desempenho das exportações, que na primeira metade do ano totalizaram US$ 43,306 bilhões. Em evento em São Paulo, o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, chegou a brincar que "Furlan visita o Brasil poucas vezes por ano".
 
Furlan revelou que o governo pretende "nos próximos meses" convidar uma missão comercial do novo governo do Iraque para visitar o país e depois enviar uma comitiva brasileira para promover o comércio entre ambos. Ele disse que o governo continuará fazendo esse trabalho de busca de novos mercados, mas que "o governo não exporta, os empresários é que fazem isso".

Com informações da agência Reuters.

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