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Contas externas do Brasil estão menos vulneráveis ao petróleo

Banco Central divulgou um estudo analisando o impacto que o combustível teria no país

O aumento da produção doméstica de petróleo tornou as contas externas brasileiras menos sensíveis às oscilações de preços no mercado internacional, segundo avaliou o Banco Central em um estudo divulgado nesta segunda, dia 21.

Com base em dados de 2003, o estudo do BC mostra que uma elevação de 20% no preço internacional do barril de petróleo produziria uma redução de US$ 400 milhões no saldo da balança comercial anual, equivalente menos de 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB). No início dos anos 1980, esse impacto era equivalente a 0,8% do PIB.

– A economia brasileira encontra-se atualmente muito mais preparada para enfrentar um aumento do preço do petróleo desta magnitude do que no passado, decorrência clara de um aumento da produção doméstica e da redução do volume de importações liquidas – sustentou o BC em um relatório Focus especial sobre o assunto.

O preço do petróleo bateu recorde no início do mês em Nova York, a US$ 42 o barril para entrega em junho. O preço recuou depois que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) elevou a produção. Nesta segunda, o barril negociado em Nova York para entrega em julho fechou em queda de US$ 1,10 a US$ 37,65.

O BC lembrou ainda que no ano passado as importações líquidas de petróleo e derivados foram de US$ 2,1 bilhões – o menor déficit da balança comercial de petróleo em 25 anos.

No início dos anos 1980, essas importações líquidas chegaram a patamares próximos de US$ 10 bilhões. Segundo o BC, o aumento da oferta doméstica de petróleo bruto passou de cerca de 200 mil barris por dia no começo da década de 1980 para mais de 1,5 milhão de barris/dia na média em 2003.

Com informações da agência Reuters.


 
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