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Os líderes da base aliada do governo chegaram ao Palácio do Planalto para definir com o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, a estratégia de votação das reformas tributária e da Previdência previstas para esta terça, dia 26, na Câmara dos Deputados. Os destaques à reforma tributária estão marcados para serem votados a partir das 9h na Comissão Especial. No total, são 12 destaques de bancada da base aliada e da oposição, além de 250 destaques individuais que podem atrasar a votação. Segundo o presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), a reforma tributária só vai a votação em plenário na próxima semana. Nesta terça, deverão ser votados os destaques individuais e de bancadas na comissão especial.
Mesmo com os contratempos, os líderes estão otimistas para que a votação seja concluída na Comissão.
– Vamos votar, o acordo foi esse. O poder da oposição foi reduzido – ressaltou o vice-líder do Governo na Câmara, deputado Professor Luizinho (PT-SP).
A base aliada admite alterar apenas um ponto da reforma tributária na Comissão: incluir no relatório do deputado Virgílio Guimarães (PT-MG) incentivos à Zona Franca de Manaus. As demais mudanças, segundo os líderes, devem ser feitas apenas no plenário. Por isso os parlamentares estão determinados a retirar os seis destaques da base aliada, e discutir apenas os seis da oposição.
– Vamos conversar com a base, com os partidos que apresentaram destaques para que façam esforço de retirar. Vamos votar somente os seis destaques da oposição. Até à tarde terão sido votados, com ou sem acordo de método – garantiu Professor Luizinho.
Já o vice-líder do governo na Câmara, deputado Vicente Cascione (PTB-SP), prevê mais dificuldades. Na opinião do líder, se a oposição decidir obstruir a votação da reforma tributária na Comissão, a base aliada terá problemas para aprovar a reforma da Previdência em segundo turno à noite, no plenário da Câmara.
– Se votarmos sem confronto com a oposição, votamos na Comissão de manhã e à noite votamos a Previdência. Mas se embaçar de manhã, a gente não vota a Previdência para dar tempo de colocar lubrificante (nos atritos com a oposição) –ressaltou.
Nem todos os líderes da base, porém, defendem a vinculação dos destaques da reforma tributária à aprovação da reforma da Previdência. Para o líder do governo na Câmara, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), "uma coisa não tem nada a ver com a outra". Ele lembrou que os líderes da oposição já fecharam acordo sobre a aprovação da reforma da Previdência em segundo turno, mesmo que os destaques à reforma tributária sejam derrubados na Comissão.
– Existe acordo com a oposição sobre a reforma previdenciária, e disputa na tributária. Os mesmos parlamentares firmaram acordo numa coisa e disputa na outra. Eu confio na palavra dos líderes – disse Rebello.
As informações são da Agência Brasil.
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