| 20/08/2003 11h59min
O presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha (PT-SP), afirmou nesta quarta, dia 20, que a reforma tributária somente será votada nesta quinta, dia 21, se houver acordo. O deputado expicou que esta quarta será um dia de negociações com a Comissão, com os líderes e com os governadores para definir se a matéria será votada ou não neste dia 21:
– Vamos levar em consideração a opinião dos governadores e do setor produtivo, por isso estou tomando a cautela de pedir um tempo maior – declarou.
Ao comentar as críticas feitas à reforma tributária referente ao aumento da carga de tributos, João Paulo disse que o relatório apresentado pelo deputado Virgílio Guimarães (PT-MG) não prevê aumento de tributos.
– Até agora, pelo relatório que eu li, não há aumento de impostos, contudo, se houver, a Câmara vai ficar com muito mais cautela do que teve até hoje – afirmou.
Sobre as votações no Plenário da Câmara, João Paulo informou que, nesta quarta, o plenário dará continuação à votação do Programa Primeiro Emprego e que serão apreciados nove destaques ao texto.
O vice-líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Alberto Goldman (SP), afirmou que o partido votará contra a transformação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) em imposto permanente, como propõe o texto da reforma tributária relatado pelo deputado Virgílio Guimarães (PT-MG):
– Enquanto não houver uma reforma ampla, não dá para pensar nesse imposto como definitivo. É preciso dar um fôlego ao governo de um ou dois anos a mais de CPMF, mas não a aceitamos como imposto permanente – revelou.
O deputado disse acreditar que o texto da reforma tributária não será votado nesta quinta na Comissão Especial que analisa o teor da reforma.
– Há um conflito absoluto entre os governos estaduais, municipais, a União e o setor produtivo. Não acho que o governo tentará votar sem um mínimo de acordo – conclui.
As informações são da Agência Brasil.
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