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Nigéria entra na segunda semana de greve geral

Associações sindicais rejeitaram oferta do governo sobre os preços dos combustíveis

A greve geral na Nigéria continuará pela segunda semana nesta segunda, dia 7, após associações sindicais terem rejeitado no domingo uma oferta do governo sobre os preços dos combustíveis e terem prometido manter a paralisação no oitavo maior produtor de petróleo do mundo.

O Congresso do Trabalho da Nigéria (CTN) anunciou sua decisão neste domingo, dia 6, enquanto o presidente nigeriano Olusegun Obasanjo viajava à Monróvia para tentar mediar um acordo para o fim da guerra civil na Libéria.

A associação sindical afirmou que a greve, a mais longa do país em quatro décadas, continuará até que Obasanjo defina o preço do litro da gasolina em 32 nairas. A promessa anterior do presidente nigeriano era um preço de 35 nairas, uma diferença de menos de US$ 0,03.

A greve já fechou portos, comércio e bancos. Os nigerianos estão sofrendo também interrupções nos serviços telefônicos e funcionários de companhias de energia afirmam que a eletricidade não poderá ser garantida a partir de terça, dia 8. No Brasil, a greve na Nigéria fez com que o governo adiasse na semana passada o anúncio da queda do preços dos combustíveis após elevação dos preços do petróleo no mercado internacional.

A paralisação nigeriana foi disparada quando Obasanjo anunciou no mês passado um aumento de mais de 50% nos preços da gasolina, de 26 nairas para 40 nairas.

As quatro refinarias da Nigéria não têm condições de atender a demanda interna e Obasanjo afirma que o país precisa reduzir os subsídios de mais de US$ 2 bilhões por ano sobre importações de produtos refinados que retiram fundos de serviços como saúde e educação.

Com informações da agência Reuters.

 
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