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Central Sindical da Nigéria decide manter paralisação

Grevistas rejeitaram proposta do governo sobre preço dos combustíveis

A principal central sindical da Nigéria, a NLC, decidiu manter a greve geral que praticamente paralisou o importante setor petrolífero do país. A NLC rejeitou neste sábado, dia 5, a proposta do governo a respeito do aumento de combustíveis. Mas outra central sindical, a TUC, e sua afiliada do setor de petróleo, a Pengassan, decidiram suspender a greve por causa dos seus efeitos adversos sobre o país, o oitavo maior exportador mundial do produto.

A paralisação no país tem preocupado o mercado internacional. Os reflexos da greve foram sentidos inclusive no Brasil. O governo federal adiou a redução do preço dos combustíveis na última quarta, dia 2, devido à crise no país africano.

Após quase uma semana de protestos, alguns dos quais violentos, a greve parecia prestes a terminar na sexta, dia 4, mas os sindicatos decidiram não se contentar com a proposta do governo, que ofereceu elevar em mais de 50% o preço do petróleo. A polícia diz que oito pessoas morreram e várias ficaram feridas nas manifestações desta semana.

De acordo com o sindicalista Adams Oshiomhole, presidente da NLC, a greve continua. A declaração foi dada após reunião da Comissão Nacional Executiva, na capital, Abuja,  A central sindical queria que o aumento no combustível fosse de no máximo 32 nairas, enquanto o governo oferecia 35 narias (0,27 dólar).

– Assim que um preço aceitável for alcançado, a Comissão Executiva decidiu que a NLC deve suspender a greve – afirmou o líder sindical.

Segundo ele, uma nova reunião com o presidente Olusegun Obasanjo está prevista para sábado. Obasanjo insiste que o aumento é essencial para a economia nigeriana, pois segundo ele o país não pode arcar com os subsídios de 2 bilhões de dólares por ano que paga ao setor. As quatro refinarias do país, em estado precário, não dão conta da demanda interna, então a Nigéria, apesar de ser um membro da Opep, precisa importar gasolina.

Nesta semana, a Nigéria recebe a visita do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush. O presidente norte-americano já disse que os protestos não vão atrapalhar sua visita à Nigéria, que é um importante fornecedor de petróleo aos EUA.

 
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