O principal chefe sindical da Nigéria afirmou neste domingo, dia 6, que rejeitou uma oferta do governo sobre o preços do petróleo e que iria pressionar pela continuidade da greve no oitavo maior exportador mundial do produto.

O presidente do Congresso do Trabalho da Nigéria (NLC, na sigla em inglês), Adams Oshiomhole, negou o acordo entre governo e sindicalistas anunciado anteriormente. O porta-voz Owei Lakemasa, do Congresso do Trabalho da Nigéria (NLC, na sigla em inglês) havia afirmado neste domingo que um acordo havia sido atingido.

– O conselho executivo do NLC orientou todos os sindicatos a garantir que os trabalhadores permaneçam em suas casas – disse Oshiomhole em entrevista coletiva.

A greve, que começou na segunda passada, dia 30, foi iniciada quando o presidente Olusegun Obasanjo anunciou aumento de mais de 50% nos preços da gasolina, dizendo que isso era essencial para a economia da Nigéria. A paralisação, que já causou interrupção na cadeia produtiva e econômica do país e alguns protestos violentos, acontece em meio aos preparativos para a visita do presidente norte-americano George W. Bush à Nigéria.

Oshiomhole disse que o governo tinha feito uma oferta de colocar o preço do litro da gasolina em 35 nairas, depois de ter anunciado o reajuste para 40 nairas. O valor anterior ao aumento era de 26 nairas (cerca de US$ 0,20). Os sindicalistas querem o preço do litro da gasolina em 32 nairas para por fim à greve.

A paralisação está ameaçando a produção e o envio do petróleo nigeriano ao exterior e adicionou tensões políticas em um país que está emergindo de anos de governo militar. Portos, bancos, lojas e postos de gasolina no país mais populoso da África com mais de 120 milhões de habitantes estão fechados desde o começo da greve.

Com informações da agência Reuters.