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Os chanceleres da França, Alemanha e da Rússia criticaram nesta quarta, dia 19, em reunião no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) a posição belicista norte-americana. No mesmo encontro, o inspetor-chefe de armas, Hans Blix, disse estar desapontado por não poder terminar as investigações, que se iniciaram há três meses e meio, no Iraque.
Dominique de Villepin, representante da França, declarou que o terrorismo não será erradicado depois de um ataque ao governo de Saddam Hussein. Para o chanceler, os atos terroristas continuarão acontecendo ao contrário do que imagina o presidente norte-americano George W. Bush. Conforme Villepin, o mundo deverá se unir para ações humanitárias no Iraque depois dos fatídicos bombardeios que tomarem conta dos céus iraquianos.
Em seus discursos, Joschka Fischer, chanceler alemão, Igor Ivanov, enviado russo, e Farouq Al Shara, da Síria, solicitaram que os trabalhos de inspeção propostos por Blix sejam aprovados pelos 15 membros do Conselho de Segurança. Falta a liberação de Estados Unidos e Grã-Bretanha ao projeto do inspetor-chefe de armas.
– Devemos deixar claro sob as atuais circunstâncias que a política de intervenção militar não tem credibilidade – afirmou Fischer.
Por sua vez, Ivanov relembrou que a ONU não autorizou nenhum tipo de interveção militar. Caso o Iraque representasse perigo real aos EUA, a Rússia apoiaria Bush, mas como nada foi comprovado pelos inspetores das Nações Unidas esta atitude seria irresponsável.
Blix disse que o Iraque vinha recentemente aumentando a cooperação com os inspetores, embora continuasse escondendo informações importantes. O inspetor-chefe de armas negou a destruição de 21 mil litros de agentes biológicos pelo governo Iraquiano, que Saddam diz ter realizado há 12 anos.
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