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Premiê britânico quer resolução da ONU para Iraque pós-Saddam

O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, em declaração no Parlamento nesta quarta, dia 19, falou que a Grã-Bretanha juntamente com os EUA buscará o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU) para a aprovação de resoluções que possibilitem a reconstrução do Iraque após a guerra.

O premiê inglês destacou que será necessária a ajuda de diversos países para definir qual será o futuro do Iraque depois da deposição de Saddam Hussein. Até mesmo a França, grande opositora das opiniões pró-ataque, possivilmente será incluída no conjunto de nações que delimitará o destino dos iraquianos.

Há poucos dias, Tony Blair era condenado pela imprensa por dar apoio irrestrito ao governo norte-americano em um possível ataque ao Iraque sem a devida autorização do Conselho de Segurança das Nacões Unidas. Nesta quarta, a última pesquisa mostra que 50% da população apóia o ataque contra o Iraque e 42% dos entrevistados são contra uma ação militar. Na averiguação anterior, a oposição a uma guerra sem o aval da ONU era de quase dois terços dos britânicos.

O discurso proferido pelo premiê inglês na última terça, dia 18, modificou os rumos da opinião pública. O tablóide The Sun publicou que, "assim como Winston Churchill e Margaret Thatcher, o atual primeiro ministro britânico conquistou um lugar na história".

Até o momento, as divergências dentro do Partido Trabalhista com o posicionamento de Blair pró-EUA haviam provocado três renúncias entre os ministros britânicos. Um terço dos parlamentares trabalhistas votou contra a moção, que autorizou o uso de todos os meios necessários no combate ao presidente iraquiano, proposta pelo primeiro-ministro. 

 
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