| 30/12/2007 14h51min
O governo colombiano afirmou hoje que não sabe nem quer conhecer as coordenadas para o resgate dos três reféns das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), e que estas devem ser entregues pelo grupo à Venezuela e ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV). O alto comissário para a paz colombiano, Luis Carlos Restrepo, fez a declaração a jornalistas no aeroporto Vanguardia de Villavicencio, centro do país.
Ele também confirmou a autorização para a entrada de dois outros helicópteros e de um avião venezuelanos no país. As aeronaves devem chegar hoje em Villavicencio, e aparentemente no avião deve estar o ex-ministro venezuelano Ramón Rodríguez Chacín, coordenador nomeado pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez, para a libertação dos reféns das Farc.
Restrepo disse que não sabe se o CICV ou o governo venezuelano já possuem a localização do ponto no qual se ocorrer a libertação, e insistiu em que, por parte do governo colombiano, "tudo está pronto" e
preparado para qualquer
colaboração adicional.
— Não recebemos informação de saída de território venezuelano do avião no qual Chacín viajará — acrescentou.
A autorização para a entrada de novas aeronaves é para outro avião tipo Falcon e dois helicópteros Bell que apoiarão o resgate dos reféns das Farc. O alto comissário para a Paz também ressaltou a jornalistas que "não há qualquer prazo restritivo".
— Mantemos aberta a disposição para dar mais tempo ou ampliar prazos para vôos de aeronaves. Para isso, não há dificuldades. Por parte do governo colombiano, estão brindadas todas as garantias para que a missão seja cumprida — disse Restrepo aos mais de 150 jornalistas nacionais e estrangeiros em Vanguardia, aeroporto que é a base para as operações do processo.
Agora,"depende basicamente da Cruz Vermelha, da Venezuela e do coordenador da operação (Chacín) que decidam o momento do início da parte operacional correspondente" para trazer os reféns, ressaltou
Restrepo. Em Villavicencio também estão prontos
os membros da operação aérea humanitária, formada por delegados de sete países.
A missão dos fiadores internacionais é liderada pelo ex-presidente da Argentina Néstor Kirchner. As Farc se comprometeram a entregar Clara Rojas e Consuelo González, seqüestradas há anos, e o filho da primeira, Emmanuel, com cerca de três anos, nascido em cativeiro.
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