| 12/04/2007 21h08min
O governo decidiu mudar de estratégia em relação à CPI do Apagão Aéreo. Os líderes governistas agora defendem a instalação imediata da comissão na Câmara, sem esperar pela decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). O objetivo é esvaziar uma possível CPI no Senado, onde a oposição é mais forte.
Mas os senadores do PSDB e do DEM (antigo PFL) anunciaram nesta quinta-feira que alcançaram as 27 assinaturas necessárias para pedir a criação de uma CPI no Senado. A lista de adesões contaria até com quatro nomes dos partidos governistas: os peemedebistas Jarbas Vasconcelos (PE), Pedro Simon (RS) e Mão Santa (PI), além de Cristovam Buarque (PDT-DF).
A oposição só deve apresentar o pedido da CPI na semana que vem. Até lá, espera ampliar o número de apoios para, no mínimo, 30 senadores.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), no entanto, disse que é contra a criação da CPI do Apagão Aéreo na Casa:
– Sou politicamente contra a investigação dessa CPI. Não é o que o Senado quer, mas é um direito da minoria pleiteá-la – frisou Renan.
Renan informou que o requerimento para abertura da CPI do Apagão Aéreo não foi entregue à Mesa Diretora do Senado.
– Espero que não seja nem entregue – afirmou.
Para ele, há assuntos mais urgentes e importantes que precisam ser votados. O presidente do Senado afirmou que a CPI pleiteada pela oposição (PSDB e DEM) é “política” e que investigações desse tipo “muitas vezes atrapalham assuntos mais importantes para o crescimento do país”.
– Não interessa o que fala esse ou aquele, mas o que diz o regimento – disse o líder do DEM no Senado, José Agripino (RN).
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