Controladores civis de vôo decidiram entrar em estado de greve e dar prazo de 15 dias para o governo cumprir promessas de melhorar equipamentos, implementar plano de carreira e aumentar salários da categoria. Caso isso não aconteça, eles farão nova assembléia e poderão declarar greve.

A decisão, tomada após duas horas de assembléia da categoria, foi anunciada nesta segunda pelo presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Proteção ao Vôo, Jorge Botelho.

– A crise atual é em função de uma atitude de desespero dos militares, que foram esquecidos, não tiveram consideração por parte do governo. Eles estavam muito pressionados pelo seu comando, com transferências, prisões. Teve um momento em que a coisa estourou e o governo sabia que isso poderia acontecer. Porém, ninguém tomou providências – disse.

Segundo Botelho, a desmilitarização não é uma questão que envolve somente os controladores de tráfego aéreo, mas também os trabalhadores da aviação, os aeronautas e aeroviários.

– Se o governo quer discutir desmilitarização, tem que chamar os outros segmentos da aviação – acrescentou.