| 18/01/2007 14h38min
A cúpula dos presidentes de países do Mercosul, aberta hoje, no Rio – que também reúne outros chefes de Estado latino-americanos – começa mostrando as dificuldades para aparar as arestas que travam o bloco econômico regional. O polêmico presidente da Venezuela, Hugo Chávez, chegou ao Brasil dizendo estar com "espírito de integração", e rebateu as críticas de que seu ingresso no bloco "contaminaria" o Mercosul.
– Quero descontaminar o Mercosul do neoliberalismo – afirmou.
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, abriu a 32ª Cúpula do Mercosul ressaltando a importância do fortalecimento do bloco econômico em seus 15 anos de existência, com interesse crescente dos países vizinhos e de outros mais distantes, diante da importância geoeconômica do bloco.
Amorim falou sobre a entrada na Venezuela no bloco:
– Principalmente pelas mudanças sociais que estão ocorrendo lá. Há uma percepção clara que o Mercosul não é apenas do Cone Sul e, sim, de toda a América. A entrada da Venezuela foi fundamental para isso. A despeito dos mercocéticos e dos mercocríticos, o Mercosul está se fortalecendo – disse o ministro.
Na Bolívia, antes de partir para a reunião no Rio, o presidente Evo Morales disse que se o seu país se tornar membro do Mercosul – pleito que será analisado nesta cúpula – será para buscar "reformas profundas''. Segundo Morales, tanto o Mercosul como a Comunidade Andina "são instrumentos somente para empresários, para gente rica e não para a gente pobre".
Em seu discurso na abertura da cúpula, Amorim rebateu:
– O Mercosul não é só dos países, dos empresários. O Mercosul é dos povos, da sociedade, que não deixará ele acabar.
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