O secretário do Exterior da Grã-Bretanha, Jack Straw, recomendou neste sábado, dia 14, que as Nações Unidas tomem uma ação decisiva contra o Iraque para reafirmar sua autoridade. - A autoridade da ONU precisa ser apoiada pela força das armas, disse Straw à Assembléia Geral de 190 países.

– Por duas décadas o regime do presidente do Iraque, Saddam Hussein, desafiou e frustrou cada tentativa de colocar o regime internacional da lei, disse Straw, que representa o mais próximo aliado dos EUA.

Straw fez eco aos argumentos do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, apresentados em discurso à Assembléia Geral na quinta-feira. Ele disse que a ONU corre o risco de ficar irrelevante se não forçar o Iraque a respeitar as resoluções do Conselho de Segurança sobre desarmamento. 

– Não podemos deixar o Iraque desafiar uma década de resoluções do Conselho de Segurança, disse, em referência às exigências da ONU para Bagdá acabar com seus programas de armas químicas, biológicas, nucleares e balísticas.

O Iraque afirma que não tem armas de destruição em massa e se recusa a aceitar o retorno incondicional dos inspetores de armas da ONU, que deixaram o país antes dos ataques norte-americanos e britânicos de 1998. A Grã-Bretanha terá um papel central em preparar uma ou mais novas resoluções do Conselho de Segurança, provavelmente para definir uma data limite para o Iraque aceitar as inspeções e cumprir com as exigências de destruição de seu arsenal proibido, ou então enfrentar ação militar.