| 20/12/2006 15h34min
O chanceler uruguaio, Reinaldo Gargano, reiterou que a mediação do rei da Espanha na crise do Uruguai com a Argentina não se concretizará enquanto houver bloqueios de pontes, mas negou que isso signifique que o país rejeita a ajuda do monarca.
Em entrevista à Rádio Carve, Gargano disse que o fato de deixar sem efeito a mediação do rei é uma interpretação da imprensa e que esta continua vigente.
– Está claro que o Uruguai não negocia com as pontes bloqueadas, mas está aberto à possibilidade de chegar a um entendimento da facilitação que o governo espanhol estabeleceu – afirmou, e reiterou:
– Com o Uruguai bloqueado, não há negociação possível.
A edição de hoje do jornal argentino La Nación trouxe uma entrevista com o embaixador uruguaio na França e máximo representante do país perante a Corte Internacional de Justiça de Haia, Héctor Gross Espiell, na qual supostamente teria dito que o Uruguai dava por encerrada a intermediação espanhola.
– A facilitação do rei Juan Carlos terminou e essa decisão será mantida até que se suspendam os bloqueios de vias – disse Héctor Gross Espiell, segundo o jornal.
A Argentina e o Uruguai mantêm há dois anos um conflito devido à instalação de uma fábrica da empresa finlandesa Botnia na margem do rio Uruguai, limite natural entre os dois países, o que Buenos Aires rejeita por considerá-la poluente.
AGÊNCIA EFE
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