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Confiante no crescimento de sua campanha a menos de um mês das eleições, o candidato à Presidência pelo PSB, Anthony Garotinho, continua a apostar nas fragilidades de seus adversários para permanecer no páreo em outubro.
Respondendo a perguntas de colunistas e assinantes de O Globo nesta quarta-feira, 11 de setembro, durante ciclo de entrevistas do jornal com os presidenciáveis, Garotinho voltou a atirar contra todos, ressaltando a inexperiência do candidato da coligação encabeçada pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, o desequilíbrio do candidato da Frente Trabalhista, Ciro Gomes, e as promessas que não devem ser cumpridas pelo candidato da aliança governista, José Serra.
– A candidatura de Lula requer a experiência que ele não tem. A candidatura de Ciro requer o equilíbrio que ele não tem. O eleitor é livre para votar – disse ele, que também chamou Serra de "extraterreno'' por prometer tudo que o atual governo da qual faz parte não realizou.
Garotinho, empatado tecnicamente com Ciro em terceiro lugar nas mais recentes pesquisas eleitorais depois de meses de estagnação, repetiu que vai disputar um provável segundo turno.
Ele disse que, de acordo com pesquisas independentes obtidas por seu partido, está a três pontos percentuais acima de Ciro e um ponto abaixo de Serra, hoje isolado em segundo lugar na corrida presidencial de acordo com o Ibope e Datafolha.
O ex-governador do Rio de Janeiro também rechaçou especulações de que sua candidatura não é para valer por causa da campanha de sua mulher, Rosinha Garotinho, que lidera as pesquisas de intenção de voto para o governo do Estado e pode ganhar no primeiro turno.
– Quem está disputando o governo do Rio é a Rosinha. Ela está indo muito bem, tem personalidade própria. A minha candidatura está crescendo a um ritmo muito importante. Há um enorme número de indecisos e eu tenho a menor rejeição – disse o candidato.
– Tenho absoluta convicção de que eleição no Brasil será decidida na última semana.
Apesar dos ataques aos rivais, Garotinho disse que não terá problemas para governar caso eleito. Apostando que disputará com Lula, líder nas pesquisas, um segundo turno, ele mostrou-se aberto a alianças mesmo com os partidos dos candidatos os quais critica.
– Fazer restrições a eles não significa ser inimigos dele. O segundo turno é para que as forças políticas se aglutinem. Eu pressuponho que o segundo turno vai se dar entre eu e o Lula. Vai sobrar o PDT, o PPS, uma parte do PMDB, por que não?
Na entrevista, Garotinho reforçou suas críticas ao projeto de formação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca) e disse que se eleito não vai aceitar um acordo sem pré-condições que defendam os interesses do Brasil.
Ele também disse que irá negociar termos do acordo recém-celebrado com o Fundo Monetário Internacional (FMI), caso saia vitorioso das urnas.
– Em tese ninguém pode ser contra o livre comércio, mas como aceitar a Alca sem pré-condições? O que nós ganhamos com a Alca? Nada, absolutamente nada. Temos que criar condições de competitividade para as nossas empresas– afirmou.
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