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A diretoria-executiva do Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou formalmente nesta sexta-feira, 6 de setembro, o empréstimo de US$ 30,4 bilhões para o Brasil. Os novos recursos, anunciados no início de agosto, servirão para amenizar a crise de confiança que o país vem enfrentando com os temor de que o próximo presidente possa abandonar a disciplina fiscal e ter problemas para gerenciar a dívida de mais de US$ 250 bilhões.
A aprovação da ajuda já era esperada, os detalhes do acordo já haviam sido anunciados pelo ministro da Fazenda, Pedro Malan. Segundo comunicado emitido pelo Fundo, US$ 3 bilhões já estarão disponíveis imediatamente e ouros US$ 3 bilhões serão liberados no final do ano. O restante poderá ser sacado em quatro parcelas até o fim de 2003.
– O Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou hoje o pedido do Brasil para um crédito de 15 meses concedido em regime de stand-by de aproximadamente US$ 30,4 bilhões para dar suporte à economia do país até dezembro de 2003 – disse um porta-voz da instituição.
Com novo pacto, terceiro firmado durante o governo de Fernando Henrique, o governo terá que atingir um superávit primário 3,88% do Produto Interno Bruto (PIB), cerca de R$ 50, 3 bilhões. O nível exigido pelo FMI, de 3,75%, visa garantir os investidores de que o país está disposto a adotar medidas de austeridade para manter a solvência. Para 2003, a meta de superávit permanece em 3,75% do PIB.
Até então, o maior socorro do FMI ao Brasil havia sido em 1998, no valor de US$ 18 bilhões, como parte de um pacote de US$ 41,5 bilhões, complementado por recursos do Banco Mundial (Bird), do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do Banco de Compensações Internacionais (o BIS, "banco central" dos bancos centrais do planeta).
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