| 30/09/2006 17h10min
O major Márcio Tadeu Firme, comandante da Polícia Militar na região de Peixoto de Azevedo (MT), informou que recebeu informações da equipe que foi deslocada para o local do acidente com o Boeing 737-800 da Gol de que ainda há fogo no local onde estão concentrados os destroços e que, pelo contato visual do grupo de resgate "seria quase impossível ter alguém vivo".
– A equipe acredita que não há sobreviventes. Seria um milagre, nas condições do local – relatou.
Se confirmada a morte das 155 pessoas que estavam a bordo, a queda do vôo 1907 passa a ser o maior acidente aéreo da história da aviação brasileira.
O helicóptero com a equipe da PM da região de Peixoto de Azevedo deslocou-se para a área do acidente, a 200 quilômetros do município, hoje pela manhã. O equipamento e o grupo integram a força de resgate que é comandada pela Base Aérea de Cachimbo. Só no início da tarde foi feito o primeiro contato via rádio com o comandante da operação, major Tadeu Firme, da PM.
Foi relatado que a equipe só conseguiu chegar a 32 km do local exato onde caiu o Boeing, porque a região é de mata fechada e, portanto, de difícil acesso. No entanto, nesta posição eles já conseguiram ter uma visão completa do local do acidente e dos estragos provocados. As condições dos destroços e o fogo levaram os policiais militares a concluírem que não há possibilidade de que os passageiros tenham sobrevivido ao impacto da queda.
Extra-oficialmente, a Infraero também não trabalha com a hipótese de haver sobreviventes. O próprio presidente da estatal, brigadeiro José Carlos Pereira, afirmou em entrevista pela manhã que o primeiro contato visual a partir do sobrevôo registrou que os destroços estavam concentrados numa pequena área. Isso indicava, segundo ele, que o avião teria caído verticalmente e que a magnitude do impacto com o solo era muito elevado, tornado muito difícil que um ser humano sobrevivesse a ele. Uma fonte da Infraero reforçou este entendimento ao lembrar que o avião caiu a partir de uma altura de 36 mil pés (em torno de 11 mil metros).
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