| 01/06/2006 13h05min
A indústria lamenta a decisão desta quarta do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de reduzir o ritmo de queda da taxa básica de juros, a Selic. O corte foi de 0,5 ponto percentual e a taxa passa a ser de 15,25% ao ano.
Na visão do setor industrial, anunciada em nota da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Banco Central foi influenciado pelas oscilações da economia mundial nos últimos dias, mas desconsiderou as condições favoráveis da economia brasileira, como a baixa inflação. Segundo os economistas da CNI, a taxa de juros reais no país, acima de 10% ao ano, ainda é muito preocupante e só seria justificável ficar neste patamar se o país vivesse sob ameaças à ordem econômica.
Na avaliação da entidade, é imprescindível substituir o gradualismo na condução da política monetária pela promoção de condições fiscais que dêem sustentabilidade ao processo permanente e definitivo de queda dos juros.
– Entre elas, a redução dos gastos e da dívida pública e da carga tributária – diz nota da entidade.
Outro ponto preocupa a indústria é a agenda do spread bancário, que há muito tempo não avança no país. Segundo a CNI, a trajetória atual de queda dos juros básicos não tem impacto similar sobre as taxas ativas, ou seja, dos empréstimos aos agentes privados.
– É preciso promover o acesso ao capital em condições adequadas ao crescimento sustentado da economia – dizem os técnicos da CNI.
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