O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) anunciou na noite de hoje mais uma redução de 0,5 ponto percentual na taxa de juros, que hoje passa a valer 15,25% ao ano. O corte, menor do que o ocorrido nas últimas reuniões do Copom, já era previstao pelo mercado. Na ata do último encontro, em abril, o Banco Central já falava em maior "parcimônia" nas próximas decisões.

Além disso, o mercado tem operado com bastante volatilidade nos últimos dias devido à expectativa de um aumento maior do que esperado nos juros nos Estados Unidos. Quando o juro dos EUA sobe, investidores internacionais abandonam aplicações em mercados emergentes, caso do Brasil, em troca de papéis de risco menor, como os do Tesouro americano (Treasuries). Até a próxima definição do Fed sobre o juro americano, a turbulência deve continuar.

Nessa semana, foi necessária uma intervenção do Banco Central, a primeira desde 2004, para que o dólar perdesse o fôlego. A decisão de oferecer os swaps cambiais, contratos pelos quais o BC dá a variação da taxa de câmbio no período e recebe juros, o que equivale a uma venda de dólares, surpreendeu os analistas.

Ontem, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que foi "eficiente" a atuação do Banco Central e do Tesouro Nacional ao enfrentar a atual turbulência.

– Eu confio no Copom, no BC. Eles têm sensibilidade para avaliar a situação e chegar a uma redução adequada (do juro) – disse.