| 29/05/2006 09h45min
Apesar da turbulência do mercado financeiro nas duas últimas semanas, com alta acentuada do dólar, os agentes do mercado financeiro não alteraram a estimativa para o índice oficial de inflação de 2006. Eles mantiveram também as apostas de um corte de meio ponto percentual na taxa básica de juros, a Selic, na reunião que o Comitê de Política Monetária (Copom) realiza esta semana. Porém, elevaram ligeiramente a estimativa da taxa média de juros em 2006.
Segundo o relatório de mercado divulgado nesta segunda pelo Banco Central (BC), a previsão de inflação pelo Índice de Preços ao Consumidor - Amplo (IPCA) foi mantida em 4,32% pela segunda semana consecutiva, abaixo da meta de inflação estipulada para 2006, de 4,50%. Para 2007, os analistas projetam que o indicador ficará em 4,50%, no centro da meta.
Para o IPC da Fipe, a mediana das expectativas recuou de 3,66% para 3,58%.
Apesar da manutenção da previsão para o IPCA e a queda nas estimativas do IPC da Fipe – dois índices que medem a inflação ao consumidor – a pesquisa semanal feita pelo BC com instituições financeiras revelou aumento nas previsões para os IGPs (que medem variações no atacado). A projeção para o IGP-M ficou em 3,13%, contra 3,02% da pesquisa anterior. Para o IGP-DI, a média das expectativas passou para 3,17%, contra 3,07% esperados no levantamento anterior.
Para este mês de maio, a estimativa média para o IPCA é de 0,20%, inferior à apresentada uma semana atrás, de 0,23%. A do IPC da Fipe é de 0,15%, em vez de 0,20% como anunciado antes. As projeções para o IGP-DI e para o IGP-M foram revistas para cima, para 0,40 e 0,39%, respectivamente. No relatório passado, esses percentuais eram 0,35% e 0,33%, nesta ordem.
As estimativas para junho são de que o IPCA chegue a 0,24% e de que o IGP-M fique em 0,29%, ante um incremento de 0,25% calculado para cada um desses indicadores no documento apresentado uma semana atrás. Tanto a previsão para o IPC-Fipe como para o IGP-DI foi mantida em 0,30%.
Os analistas esperam que o Copom decida por um corte de 0,50 ponto percentual no juro básico desta semana. A estimativa é a mesma da semana anterior. Na reunião de abril, o BC promoveu uma diminuição de 0,75 ponto no juro primário, para 15,75% ao ano. Para todo o ano de 2006, no entanto, a mediana das estimativas da Selic média foi alterada para 15,34%, contra 15,28% da pesquisa anterior.
Já a estimativa para a taxa de câmbio no final de 2006 permaneceu em R$ 2,20. O prognóstico para a taxa Selic ficou em 14,25%.
A sondagem mostrou ainda que o mercado elevou ligeiramente sua perspectiva para o avanço do Produto Interno Bruto (PIB), de 3,58% para 3,59% neste ano e a manteve a previsão de 3,7% para 2007.
A projeção para o superávit comercial em 2006 subiu de US$ 40,06 bilhões para US$ 40,50 bilhões.
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