| 25/05/2002 15h40min
O tempo do presidente argentino, Eduardo Duhalde, está se esgotando. São cada vez maiores as pressões para que sejam antecipadas as eleições presidenciais, marcadas para setembro de 2003. Um grupo de deputados do Partido Justicialista (PJ, peronista) apresentou projeto que prevê a convocação de eleições 120 dias após a sua aprovação.
– A insatisfação é evidente. Duhalde poderia ficar, mas para isso deveria mudar de atitude. É fundamental, por exemplo, retomar o esquema de paridade com o dólar – disse o deputado Adrián Menem, um dos autores do projeto.
Segundo fontes do PJ, os governadores apresentarão suas queixas nesta segunda-feira durante reunião com Duhalde, sobretudo em relação ao atraso no envio de verbas às províncias. Mas também serão discutidos, abertamente, o futuro político do país e a possibilidade de modificar a data das eleições. Dois dias após colocar sob a mesa uma ameaça da renúncia, condicionada ao cumprimento das exigências do Fundo Monetário Internacional (FMI), o presidente sofreu novo revés na Câmara, que na madrugada de sexta-feira aprovou projeto da União Cívica Radical (UCR) para reformar a lei de subversão econômica.
A lei – que permite a Justiça processar com extrema facilidade aqueles que prejudicarem a atividade econômica do país – fora revogada pelo Senado na semana anterior, como pedira o Fundo, que a considera um atentado à segurança jurídica dos investidores internacionais. Duhalde tem ainda uma última cartada: o Senado volta a se reunir terça-feira, e poderia revogar novamente a medida. No entanto, tudo dependerá do resultado da reunião entre o presidente e os governadores de seu partido.
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