| 21/03/2002 07h31min
Empenhado em oficializar a Frente Trabalhista (PDT-PPS-PTB) nos próximos dias, o presidente nacional do PDT, Leonel Brizola, disse ontem, dia 20, que o nome do ex-governador Antônio Britto (PPS) não será um empecilho para que se chegue a um acordo no Estado. No PDT e no próprio PPS há quem esteja descrente de uma aproximação entre as duas siglas em razão das desavenças entre Brizola e Britto no passado.
– Sobre o ex-governador Britto, falo com toda a franqueza. Não estamos propondo nenhum veto pessoal. Estamos em busca do melhor consenso em torno dos candidatos que ofereçam maior facilidade e aceitação – garantiu.
Brizola afirmou que o PDT não sentará à mesa de negociações exigindo a cabeça de chapa da aliança, embora o vereador pedetista José Fortunati esteja em campanha para governador desde o final do ano passado. A afirmação do líder trabalhista combina com a avaliação de alguns integrantes da cúpula do PDT que acreditam que os baixos índices de Fortunati nas pesquisas eleitorais podem jogá-lo para o cargo de vice numa composição com o PPS e com o PTB.
– Estou convencido de que a esta altura nada mais vai impedir a consolidação da aliança Frente Trabalhista no Rio Grande do Sul – completou Brizola, que costuma minimizar os resultados das pesquisas.
– Achamos que as pesquisas estão muito caborteiras, são pedras no tabuleiro que estão sendo arrumadas para ir preparando as urnas eletrônicas, que vão nos dar problemas graves – acrescentou.
Brizola se uniu ao coro dos oposicionistas no Estado ao afirmar ontem que a vitória do prefeito de Porto Alegre, Tarso Genro, nas prévias petistas do dia 17 foi uma resposta ao governo de Olívio Dutra. Para o líder do PDT, “a decisão dos petistas reflete o sentimento de todos os gaúchos”. Brizola acredita que a partir de agora o PT e o governo passarão a ser julgados pela população.
RODIMAR OLIVEIRAGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2008 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.