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 | 08/11/2005 18h59min

Medidas para minimizar impactos da aftosa serão discutidas em MS

GTI irá definir indenização por animais sacrificados e perdas do leite

O Grupo de Trabalho Interministerial-GTI que articula as ações do governo federal para minimizar os impactos socioeconômicos gerados pelos focos de febre aftosa em Mato Grosso do Sul reúne-se amanhã e quinta-feira em Campo Grande e Japorã, em Mato Grosso do Sul.

Na quarta-feira, às 9h, na sede do governo do Estado, o grupo tem encontro com o governador José Orcírio Miranda dos Santos, secretarias estaduais e representações estaduais dos ministérios.

– Trataremos das indenizações dos criadores que tiveram o rebanho sacrificado, da perda produção de leite e da recomposição da renda dos produtores – informou o coordenador do GTI, Luiz Gomes de Souza.

Além disso, acrescentou, serão analisados os programas e projetos a serem executados em conjunto com os governos estadual e municipal na região afetada.

À tarde o GTI, a secretaria de agricultura do Estado, um representante do Banco do Brasil e da Agência de Defesa Agropecuária (Iagro) se reunirão com os cinco prefeitos dos municípios interditados (Eldorado, Japorã, Mundo Novo, Iguatemi e Itaquiraí).

Participam do encontro entidades de classe líderes de assentamentos e frigoríficos. Na oportunidade o GTI irá anunciar as providências a serem adotadas em parceria com o governo estadual. O GTI também vai colher subsídios para novas ações de apoio àquela região.

Na quinta-feira o grupo volta a Campo Grande para a reunião final na Superintendência Federal de Agricultura, desta vez com a participação da Superintendência do Banco do Brasil, Sebrae e Senar para definir os programas e projetos a serem implantados por cada um dos 12 ministérios envolvidos, no curto e médio prazos.

Entre as solicitações dos prefeitos dos cinco municípios interditados desde o início de outubro estão a agilização no pagamento das indenizações dos produtores que abateram seus rebanhos, reabertura dos frigoríficos de Eldorado e Iguatemi – com a liberação da carne desossada em estoque – e implantação de programas para recuperação de emprego e renda. 

Segundo o Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, até o momento a ocorrência da febre aftosa permanece limitada à região sul do Mato Grosso do Sul. São 22 focos no Estado, sendo 16 no município de Japorã, quatro em Eldorado e dois em Mundo Novo. Os focos envolvem 13.713 bovinos, dos quais 444 doentes, 59 suínos e 227 pequenos ruminantes. Cerca de 3.930 animais foram sacrificados (3.932 bovinos, 190 ovinos e 62 suínos)

As ocorrências em Mundo Novo estão na divisa com Japorã, onde dos 16 focos registrados, oito estão no Assentamento Savana e outros seis próximos a este. Todas as ocorrências estão dentro de um raio de aproximadamente 10 km e restringem-se à espécie bovina.

Para contenção da doença os postos de fiscalização no Estado foram ampliados de 12 para 20, e o número de equipes de fiscalização chega a 35. Mantêm-se a interdição de mais de 800 propriedades com 131.245 bovinos, 2.953 ovinos e caprinos e 3.295 suínos.

As propriedades Fazenda Vezozzo, Fazenda Jangada, Lote 75 do Projeto de Assentamento Floresta Branca, Fazenda Guaíra e Fazenda fronteira cumprem a fase do vazio sanitário (30 dias sem presença de animais). As demais estão em processo de avaliação e eliminação dos animais susceptíveis.

No Paraná as suspeitas identificadas pelo serviço estadual de defesa agropecuária nos municípios de Amaporã, Loanda, Maringá e Grandes Rios permanecem sob investigação. Amostras complementares de líquido esofágico-faríngeo e de fragmentos de tecidos foram colhidas no período de 26 a 28 de outubro.

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA
 
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