| 08/11/2005 10h17min
Navios carregados com carne de frango e de suíno estão voltando aos portos de Santa Catarina. Por causa do embargo provocado pela aftosa, clientes da África do Sul que tinham encomendado grandes cargas estão devolvendo o produto.
– Os portos estão abarrotados de contêineres, e não há espaço físico para armazená-los. O prejuízo é incalculável – relata Enori Barbieri, vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina.
Isso que Barbieri é bom de cálculo: tem na ponta da língua as perdas provocadas pela seca do verão passado. Além do milho, principal cultivo do Estado, da soja e do leite, os prejuízos chegaram aos municípios que tiveram de comprar água de caminhões-pipa para garantir a sobrevivência de frangos e de suínos, que são responsáveis pela manutenção da atividade econômica do Estado.
– Não é possível que cada Estado fale uma língua, e o ministério, outra. O Brasil é uma casa sem patrão. O governo não tem
poder de determinar uma regra única. É preciso
definir normas e corredores sanitários. Assim, nós nos prejudicamos por nós mesmos – admite Barbieri.
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