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 | 19/07/2005 15h25min

Índice de confiança é o mais baixo desde outubro de 2002

CNI aponta que crise política e juros influenciam na queda da avaliação

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), divulgado hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), caiu pelo segundo trimestre consecutivo e atingiu o valor mais baixo desde outubro de 2002. Segundo o coordenador econômico da CNI, Flávio Castelo Branco, a queda "reflete o ambiente de incerteza que tem dominado o setor político nos últimos dois meses, além da desaceleração da economia ao longo do primeiro semestre na esteira da alta dos juros".

De acordo com o boletim da CNI, o índice alcançou 50,7 pontos, com queda de 5,1 pontos em relação a abril, e de 14,2 pontos na comparação com os 64,9 pontos de janeiro. Apesar da redução, Icei acima de 50 pontos ainda indica confiança empresarial, em que pese o menor crescimento da atividade econômica no primeiro semestre do ano, comparado com igual período de 2004. Tanto que o indicador de referência da economia também caiu de 62,7 pontos em janeiro para 45,9 em abril, e agora está em 36,4 pontos.

A expectativa dos empresários também caiu em relação à retomada da atividade produtiva no próximo semestre: passou de 60,6 para 55,7 pontos em relação a abril. Mas o economista da CNI lembra que apesar de os indicadores não estarem tão altos como em meses anteriores, ainda assim permanecem elevados e isso sinaliza que a expectativa para o desempenho das empresas permanece positiva.

Segundo Flávio Castelo Branco, o Icei não mede diretamente a relação com o consumo, mas a intenção dos empresários quanto à atividade produtiva, o que vai refletir nas expectativas de contratação e no rendimento dos trabalhadores da indústria, com possibilidade do aumento de renda e do consumo.

Ele enfatizou que a confiança é o alimento fundamental para a decisão de investimento.

– O recuo da confiança pode sinalizar indecisão quanto à retomada de alguns projetos industriais de investimento. Mas é possível que, ainda assim, estejamos apenas numa situação momentânea e que, com a retomada da economia no segundo semestre, seja possível a reativação dos investimentos.

As informações são da Agência Brasil.

 
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