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 | 19/07/2005 12h28min

Confiança do consumidor pára de cair após quatro meses

Crise política afeta mais trabalhadores com renda acima de 10 salários

Depois de quatro meses em queda, o nível de confiança do consumidor se manteve estável em julho. Em junho, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), calculado pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio) havia atingido o nível mais baixo em nove meses. Em julho, o índice subiu 0,2% em relação a junho e ficou em 133,3 pontos. O indicador varia de zero a 200 pontos, apontando otimismo acima dos 100 pontos e pessimismo abaixo desse patamar.

A assessoria econômica da Fecomercio assinada que a crise política tem baixo reflexo na confiança do consumidor. Para os economistas, neste momento há uma clara separação entre o cenário político e o quadro econômico.

– Enquanto a crise política não atingir o cerne do governo e a economia não mostrar sinais negativos evidentes, o consumidor não deve se mostrar tão pessimista – afirma Abram Szajman, presidente da Fecomercio, em nota distribuída pela entidade.

A expectativa é que o índice volte a cair em agosto, pois não há expectativa de melhora na economia a curto prazo. A renda média real caiu no mês passado e o desemprego continua em alta.

Em julho, aumentou o pessimismo entre os consumidores com renda superior a 10 salários mínimos. Normalmente, essa faixa de renda é mais atenta aos reflexos da política na economia. Entre os consumidores de renda mais baixa, inferior a 10 salários mínimos, o otimismo continua e o índice aumentou 3,1%.

A pesquisa mostra ainda que as mulheres são mais influenciadas pelos fatores internos. A confiança entre as mulheres caiu 4,2% (para 130,4). A dos homens, no entanto, aumentou 5,2%. Segundo a Fecomercio, eles são mais suscetíveis às instabilidades internacionais.

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) é apurado mensalmente pela Fecomercio na região metropolitana de São Paulo desde 1994. O indicador avalia o grau de confiança que a população tem na situação geral do país e nas condições presentes e futuras de sua família. O índice é calculado com base em quatro tomadas semanais, sendo as três primeiras com cerca de 400 entrevistas e a última com, no mínimo, 900 entrevistas, esta sempre na primeira sexta-feira de cada mês.

Com informações da Agência O Globo e Fecomercio.


 
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