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 | 13/07/2005 11h45min

Confiança da indústria é a menor em dois anos

Empresas reclamam acúmulo de estoques diante da baixa procura

Uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostra que o desaquecimento da indústria se intensificou nos últimos três meses. Os números das 156ª Sondagem Trimestral da Indústria de Transformação mostram que as empresas chegaram a julho com as piores avaliações sobre a situação presente em dois anos e com previsões menos favoráveis para os próximos meses. Na maioria dos quesitos da pesquisa, os resultados se comparam desfavoravelmente aos do trimestre anterior e aos do mesmo período em 2004.

De acordo com um comunicado da FGV, a situação atual dos negócios é considerada boa por 16% e fraca por 33% das empresas. A diferença de 17 pontos percentuais entre a freqüência relativa de respostas favoráveis (situação boa) e desfavoráveis (situação fraca) é o pior resultado para o quesito desde julho de 2003, quando a diferença foi de 36 pontos percentuais.

Entre abril e julho de 2005, a avaliação das empresas a respeito do nível de demanda deteriorou-se tanto em relação ao mercado interno quanto ao externo. O nível da demanda global (interna e externa) por produtos industriais está forte para 8% e fraco para 29% das empresas.

Com o arrefecimento da procura, houve acúmulo de estoques. Das 462 empresas consultadas para esta prévia, 19% disseram estar, em julho, com estoques excessivos, um aumento expressivo em relação à parcela de 12% registrada em abril e a de 8% há um ano, em julho de 2004. Apenas 1% das empresas afirmam estar com estoques insuficientes. O saldo negativo de 18 pontos percentuais é o menor desde julho de 2003.

Também segundo a FGV, diante do quadro de desaquecimento "que beira a estagnação produtiva" as expectativas dos empresários industriais para os próximos meses também pioraram. Nas perguntas relacionadas ao lado operacional das empresas, as respostas indicam a possibilidade de um ritmo fraco de atividade no trimestre julho-setembro, embora ainda compatível com o crescimento. No quesito que procura captar o sentimento em relação à situação dos negócios nos próximos seis meses, houve a maior incidência de empresários pessimistas desde julho de 2003.

No trimestre julho-setembro, 43% das empresas prevêem aumento e 19% diminuição da demanda por produtos industriais. A diferença de 24 pontos percentuais na freqüência de respostas extremas (aumento e diminuição) é bem inferior aos 44 pontos percentuais registrados em julho de 2004, quando a indústria estava crescendo fortemente, ficando próxima aos resultados obtidos nas pesquisas de julho de 2002 e de 2003.

As informações são da Agência O Globo.


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